Saúde

EUA: Português ganha bolsa para estudar a medula

Um investigador português vai receber uma bolsa norte-americana no valor de cerca de 122 mil euros, que lhe vai permitir desenvolver um projeto que pretende aumentar a capacidade das células da medula para curar doenças como a leucemia.
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Um investigador português vai receber uma bolsa norte-americana para investigar processos de tratamento com células da medula. A bolsa, no valor de cerca de 122 mil euros, vai permitir a Henrique Veiga Fernandes desenvolver um projeto que pretende aumentar a capacidade dessas células para curar doenças como as leucemias.
 
De acordo com informações avançadas pelo cientista à agência Lusa, a bolsa foi atribuída pela National Blood Foundation dos EUA e corresponde a um período de investigação que se prolongará por dois anos.
 
Embora vá ser financiado pela entidade norte-americana, o trabalho vai ser inteiramente desenvolvido em Portugal, no Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
 
Segundo Henrique Veiga Fernandes, de 40 anos,  o objetivo é conseguir reforçar as caraterísticas de células estaminais que rareiam na medula humana de modo a torná-las “muito mais eficazes” no combate a doenças sanguíneas. Isto porque, uma vez que este tipo de células é escasso, o tratamento torna-se mais difícil.
 
No futuro, o tratamento poderá vir a ser utilizado não apenas nas doenças que atingem diretamente a medula óssea, como a leucemia, mas também em pacientes com cancro cujos processos de tratamento destroem as suas células.

Equipa vai avançar para os testes em humanos
 

O investigador desvendou que o propósito do projeto já foi alcançado em ratos e em ambiente laboratorial e será agora testado em seres humanos pela equipa do IMM que lidera, apoiada pelo próprio instituto e que conta ainda com mais dois especialistas.
 
O processo, acrescentou, passa por determinar quais as proteínas existentes no próprio corpo humano e na própria medula que irão ser colocadas em grandes quantidades em contacto com as células a potenciar, de modo a aumentar-lhes as capacidades. 
 
A determinação da proteína é a parte mais difícil de um processo que culminará, depois, com a obtenção dessa mesma proteína por via artificial, em laboratório, para tornar o tratamento mais barato quando este se destine à aplicação em doentes.
 
Henrique Veiga Fernandes é licenciado em Veterinária e doutorado em Imunologia, Biologia Celular e Molecular pela Universidade René Descartes (França), onde, em 2002, concluiu o doutoramento. Antes de regressar a Portugal para trabalhar na Unidade de Imunobiologia do IMM – que dirige desde 2008 -, trabalhou ainda no Instituto Nacional de Investigação Médica do Reino Unido.

[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]

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