Ciência

Estudo prova que stress danifica ADN… mas há cura

Pela primeira vez, uma investigação vem demonstrar que o stress traumático afeta, fisicamente, o ADN. A boa notícia é que, apesar desta ligação, a psicoterapia é capaz de regenerar estas lesões do ADN.
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Pela primeira vez, uma investigação vem demonstrar que o stress traumático afeta, fisicamente, o ADN (a estrutura de moléculas que contém a nossa informação genética). Mas a boa notícia é que, apesar desta ligação, a psicoterapia é capaz de reverter estas lesões dos genes.
 
O estudo, realizado por universidades e instituições da Alemanha e da Suíça, foi publicado no último número da revista Psychotherapy and Psychosomatics.
 
Pesquisas anteriores já tinham demonstrado uma associação entre o stress traumático e o aumento da probabilidade de sofrer determinadas doenças, incluindo o cancro.
 
Isto acontece, dizem os autores do novo estudo, porque a nível molecular, o stress pode aumentar a carcinogénese  (fenómeno de multiplicação celular que esta na origem dos tumores malignos) uma vez que as lesões do ADN prejudicam os mecanismos de defesa.
 
Para chegar a esta conclusão, os autores analisaram o ADN obtido a partir de células sanguíneas de 65 indivíduos, dos quais metade sofria de stress pós-traumático (STP). A outra metade do grupo foi também divida em dois: pessoas expostas a traumas e pessoa sem qualquer tipo de trauma. 

ADN reforçado ao fim de um ano de psicoterapia

Numa primeira fase, a equipa de investigação mediu as lesões do ADN dos participantes e confirmaram que os indivíduos com SPT e aqueles que tinham sido expostos a traumas tinham mais lesões no ADN.


Numa segunda fase, alguns dos participantes com SPT foram encaminhadas para sessões de psicoterapia (com base na técnica Narrative Exposure Therapy). Os investigadores avaliaram os resultados em dois momentos: ao fim de 4 meses e ao fim de um ano de terapia. 
 
“Confirmamos que a psicoterapia não só reverteu os sintomas do SPT como travou a formação de lesões no ADN” o que confirma que a psicoterapia “pode de facto atuar ao nível molecular ajudando a manter a integridade dos genes”, concluem, no estudo, os investigadores. 

Clique AQUI para aceder ao estudo completo (em inglês)

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