Sociedade

Escola da Fontinha reabre como centro social

Depois do polémico encerramento do ano passado, a Escola da Fontinha voltou a reabrir, este mês, renovada e acolhendo várias instituições sociais.
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Depois da polémica do ano passado, que levou à expulsão do grupo comunitário que ocupara a Escola da Fontinha, o espaço voltou a reabrir, este mês, renovado. A escola acolhe agora várias instituições sociais.

O novo Centro de Recursos Sociais da cidade representa um investimento autárquico de “200 mil euros” na antiga escola da Fontinha, que durante cerca de um ano, até ao despejo camarário de Abril de 2012, esteve ocupada pelo movimento Es.Col.A. 
 
“Este é o projeto social que estava na nossa mente desde sempre. É um edifício que acolhe diversas instituições de carácter social, da sociedade e da autarquia”, disse o presidente da câmara do Porto, Rui Rio, num comunicado da autarquia após uma visita do autarca, no dia 18 deste mês, ao novo equipamento.
 
No espaço estão agora várias instituições ligadas ao apoio a mulheres, ao endividamento, a crianças autistas, ao combate à SIDA, e à inserção profissional do IEFP, que devem começar a funcionar “em pleno” a partir de 1 de Fevereiro, adiantou o autarca.
 
A 19 de Abril de 2012 a Câmara do Porto despejou da antiga escola primária da Fontinha o movimento comunitário e coletivo Es.Col.A, numa ação que provocou confrontos, a própria população do bairro (que defendia a manutenção do projeto na escola) e a polícia.
  
Já depois de Rio ter abandonado o local, alguns populares tentaram pacificamente entrar nas instalações mas foram impedidos pela polícia de o fazer.
 
A APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, a Associação Portuguesa para a Reeducação em Matéria de Endividamento, a Associação de Defesa dos Interesses e da Igualdade das Mulheres e o Instituto de Emprego e Formação Profissional são algumas das entidades presentes no novo equipamento.
 
Instituições pagam renda simbólica
 
As instituições têm a cargo “uma renda simbólica” e todos os ocupantes, incluindo as entidades ligadas à autarquia pagam condomínio.
 
O despejo de Abril de 2012 foi justificado pela autarquia com a recusa do Es.Col.A em formalizar um contrato de cedência e o pagamento de uma renda simbólica de 30 euros.
 
Durante as celebrações populares do 25 de Abril, milhares de pessoas juntaram-se aos elementos do movimento para reocupar a escola, onde o Es.Col.A se tinha instalado em Abril de 2011.
 
Em Maio a autarquia despejou os ocupantes, mas a contestação popular levou a Câmara a “ceder” a escola até ao fim de Dezembro de 2011.

O projeto de ocupação comunitária desta escola que estava abandonada há cinco anos deu origem ao documentário Es.Col.A. – Espaço Colectivo Autogestionado, que através dos próprios intervenientes conta a história do projeto até aos momentos que antecederam o despejo. O filme foi exibido no festival DocLisboa'12.

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