Cultura

Documentário: Bebés, os heróis do mundo

Estreia esta quinta-feira, em Portugal, um documentário que acompanhou o primeiro ano de vida de bebés nos quatro cantos do mundo: Namíbia, Japão, Estados Unidos e Mongólia. O objetivo é mostrar como, apesar das diferentes culturas e modos de educaçã
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[Foto: Focus Features]
Estreia esta quinta-feira, em Portugal, um documentário que acompanhou o primeiro ano de vida de bebés nos quatro cantos do mundo: Namíbia, Japão, Estados Unidos e Mongólia. O objetivo é mostrar como, apesar das diferentes culturas e modos de educação, o carinho parental é o maior contributo para a felicidade das crianças.

“Babies”, um documentário de 79 minutos, foi filmado ao longo de quatro anos e não tem qualquer diálogo, para além das primeiras tentativas de comunicação dos bebés. As estrelas deste filme são Ponijao, um bebé de uma tribo na Namibia, Bayarjargal, que vive numa tenda na Mongólia, Mari moradora num arranha-céus de Tóquio, e Hattie filha de um casal moderno e culto de São Francisco, nos EUA.

O realizador Thomas Balmès explicou à revista norte-americana Time que as famílias não ocidentais que escolheu não são pobres de acordo com os padrões locais. São até consideradas ricas pelo volume de gado e terras que possuem.

O realizador, que vive em Paris e tem três filhos, salienta que a ideia era retratar as diferenças culturais ao nível da tecnologia e do consumo. E também escolher famílias felizes, que encaravam a chegada do bebé com alegria.

O trabalho sublinha as diferenças inerentes aos mundos modernos e mais tradicionais. Na Mongólia, Bayarjargal circula tranquilamente entre as vacas. Na Namíbia, Ponijao vive perto da terra e das moscas. Já as crianças japonesas e norte-americanas estão cercadas de dispositivos tecnológicos. Mas a reação destes bebés perante a descoberta do mundo à sua volta revelou-se bastante semelhante.

Balmès confessa que depois de filmar este trabalho, uma ideia que surgiu há 12 anos em conversa com o produtor Alain Chabat, adotou uma nova atitude perante os seus filhos.

“No ocidente esforçamo-nos demasiado para que os nossos filhos não se aborreçam. Mas eles precisam de estar consigo próprios de estar mais afastados de produtos consumistas”. Balmès ficou surpreendido com a felicidade expressa pelos bebés da Mongólia e da Namíbia que “praticamente não tinham brinquedos, para além da natureza à sua volta”.

A escolha das famílias foi um dos momentos mais morosos da produção. Em cada país, foram entrevistadas entre 15 a 20. A filmagem envolveu cerca de 400 dias, ao longo de dois anos. A estreia do filme tem sido amplamente elogiada pela critica e pode ser visto, a partir de hoje, nas salas de cinema nacionais. .

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