Calcula-se que no total estarão 246 mil dadores inscritos, o que torna Portugal o segundo país europeu e o terceiro a nível mundial com mais dadores para transplante por milhão de habitantes.
De acordo com a mesma fonte, para estes números contribuíram muito as iniciativas levadas a cabo por familiares de doentes, a maioria com leucemia, que nos últimos anos têm apelado à solidariedade de todos os cidadãos para esta causa.
“Todos os anos, por esta altura, quando fazemos o balanço, digo que vamos ter um abrandamento, porque somos um País com apenas dez milhões de habitantes, uma população envelhecida e o registo só aceita dadores até aos 45 anos”, explica Hélder Trindade, director do Centro de Histocompatibilidade do Sul.
“E mais uma vez sou surpreendido pela solidariedade da sociedade portuguesa”, conclui o responsável. Só em 2009, no âmbito de uma campanha de apelo para encontrar um dador para uma menina de 4 anos com leucemia, a Marta, a onda de solidariedade traduziu-se no registo de dez mil novos dadores.
Muitas vezes encontra-se um dador no estrangeiro porque a população é “geneticamente muito semelhante”. Isso explica que os portugueses tenham contribuído no ano passado para salvar vidas em países como Espanha (8), Alemanha (5), França (4), EUA (6), mas também Israel, Argentina e Croácia.