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Cubanos já podem viajar sem restrições

Depois de mais de 60 anos a viverem numa ilha onde era praticamente impossível obter um visto, o governo cubano acaba de aprovar o fim das burocracias que impediam os cubanos de viajarem.
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Esta era a medida mais esperada pelo povo cubano, desde que Raúl Castro começou a aprovar leis que conferem aos cidadãos uma maior liberdade. Depois de mais de 60  anos a viverem numa ilha onde era praticamente impossível obter um visto, o governo cubano acaba de aprovar o fim das burocracias que impediam os cubanos de viajarem.

Após a revolução cubana, no início dos anos 60, o regime de Fidel Castro impôs duras restrições à saída da ilha. Quem desejasse viajar tinha de pedir uma “carta branca” às autoridade (raramente concedida), apresentar um convite do estrangeiro e ainda pagar um valor até 500 dólares o que, juntando ao preço do bilhete de avião, tornava a hipótese de viajar uma mera miragem para a maioria dos cubanos cuja média dos salários mensais ronda os 20 dólares.

Agora foram eliminadas a maior das etapas e bastará ao cubanos possuírem um passaporte para poderem viajar.  O período durante o qual podem ficar fora do país também foi ampliado para 24 meses – anteriormente quem ficasse fora da ilha mais de 11 meses perdia o direito de residência e os seus bens seriam confiscados.

A lei – que entra em vigor esta segunda-feira e está a levar centenas de pessoas a formarem filas para pedir o seu passaporte – vai beneficiar os milhões de cubanos que, todos os anos, procuram uma oportunidade de viver no estrangeiro (sobretudo nos EUA), abdicando, no entanto, do seu direito a regressar ao país de origem.

Desta forma, o governo pretende reconciliar-se com os cubanos aos quais voltou as costas nas últimas décadas e incentivar estes mesmos emigrantes a visitar novamente o país, onde poderão fazer alguns investimentos, como acontece com a maior parte das diásporas.

Até agora, os emigrantes cubanos eram mal vistos pelo governo: se quisessem visitar a ilha não podiam ficar mais do que um mês e não poderiam comprar propriedade privada nem fazer investimentos.

A nova lei insere-se no pacote de medidas que conferem mais liberdade aos cidadãos e à iniciativa privada que o executivo cubado, liderado pelo irmão de Fidel Castro, tem levado a cabo, como a autorização para a compra e venda de imóveis e de veículos automóveis.

 

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