Ambiente

Comunicação entre Humanos e cães evoluiu

Um novo estudo revela que os humanos desenvolveram uma empatia sofisticada com os cães, um animal com o qual evoluíram lado-a-lado nos últimos 100.000 anos.
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Um novo estudo confirma aquilo que já se suspeitava: os humanos desenvolveram uma empatia sofisticada com os cães, um animal com o qual evoluíram lado-a-lado nos últimos 100.000 anos, sendo capazes de reconher a maioria das suas expressões faciais.
 
Por Juliana Akemi (da redação da ANDA)
 
O estudo constatou que as pessoas são capazes de identificar uma variada e específica gama de emoções nos cães, a partir de pequenos movimentos nas suas expressões faciais.
 
Os humanos conseguem identificar naturalmente como os seus animais de estimação estão a sentir-se e podem detetar corretamente quando os animais estão felizes, tristes, zangados, com medo e até mesmo surpresos ou culpados, dizem os especialistas.
 
Várias fotos diferentes de um mesmo cão foram apresentadas aos voluntários e eles conseguiram identificar precisamente o que o animal estava a sentir.
 
“Não há dúvidas que os seres humanos possuem a habilidade de reconhecer estados emocionais em outras pessoas e ler precisamente suas expressões faciais”, disse Tina Bloom, a psicóloga responsável pelo estudo, ao jornal britânico Daily Mail.
 
“Nós chegamos à conclusão que os humanos também podem reconhecer precisamente, se não perfeitamente, ao menos uma expressão facial dos cães”, acrescentou.
 
“Apesar das pessoas geralmente se considerarem afastadas ou mesmo isoladas da natureza, o nosso estudo sugere que há padrões que nos conectam, e um deles apresenta-se na forma de comunicação emocional”, conclui a investigadora.
 
O estudo, publicado no jornal científico “Processos Comportamentais”, registou fotos de um cão policial chamado Mal enquanto experimentava diversas emoções.
 
Os investigadores elogiaram o pastor-belga de cinco anos para deixá-lo feliz, o que resultou no cão a olhar para a câmera com as orelhas em pé. Depois, Mal foi repreendido para desencadear uma reação triste, o que o deixou com a típica cara de cachorro abandonado, com os olhos cabisbaixos.

Conseguiram a reação de surpresa ao utilizar uma caixinha-surpresa que, ao ser aberta, liberava um palhaço de mola, o que levou o cachorro a franzir a testa.
 
Para expressar tristeza, os cientistas deram um pouco de remédio, fazendo suas orelhas se achatarem e, para criar medo, eles lhe mostraram um cortador de unhas, o que fez suas orelhas ficarem levantadas e suas pupilas dilataram. Para induzir a raiva, um dos pesquisadores fingiu ser um bandido, fazendo Mal latir.
 
As fotos foram então mostradas a 50 voluntários, divididos em dois grupos de acordo com sua experiência com cachorros. A felicidade foi de longe o sentimento mais reconhecido – 88% dos voluntários a identificaram corretamente. A raiva foi identificada por 70% dos participantes.

Quanto às outras emoções, cerca de 45% dos voluntários acertaram quando Mal estava assustado, enquanto 37% pode identificar a emoção relativamente sutil de tristeza. As expressões caninas mais difíceis de serem identificadas foram a surpresa e o desgosto.

 
O estudo de Tina Bloom e de Harris Friedman, ambos da Universidade Walden em Minneapolis (EUA), descobriu que aqueles com menos experiência com cães foram melhor ao identificar reações negativas. A investigadora acredita que talvez isto aconteça porque os donos de cães acreditam que seus animais não são agressivos e associam estas expressões às brincadeiras.
 
A psicóloga espera poder explorar se esta sofisticada empatia entre humanos e caninos, também é compartilhada com todos os mamíferos.
 

Clique AQUI para aceder ao resumo do estudo (em inglês).

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