De acordo com as declarações de Zhang Weiqing, antigo responsável pela Comissão Nacional de Planeamento chinesa, ao jornal China Daily, poderá, em breve, haver um retrocesso na política de restrição de filhos aplicada até agora.
A lei, que se encontra em vigor desde 1979, apenas permite que os casais a viver nas cidades tenham o segundo filho caso ambos os progenitores sejam filhos únicos, mas face ao progressivo envelhecimento da população, as autoridades chinesas estão a pensar rever a situação.
Zhang revela que o organismo do qual fez parte, e outros institutos chineses, enviaram recomendações ao Governo de Pequim alertando para o problema. “A política da China levou sempre em consideração as alterações demográficas, mas qualquer ajustamento da política [atual] será gradual”, salienta, no entanto.
Numa primeira fase, “as regiões economicamente produtivas” e as zonas que têm cumprido à risca as regras de natalidade serão as áreas escolhidas para testar as novas políticas, que se devem adequar a cada região.
Os sinais de mudança podem estar próximos depois de o Presidente chinês, Hu Jintao, não ter referido no mais recente relatório apresentado ao Partido Comunista os dados estatísticos relativos às medidas de natalidade.
Atualmente, a China tem uma população de 1.34 mil milhões de pessoas, constituindo-se como o país mais populoso do mundo.