Gastronomia

Cataplana e outros pratos algarvios chegam à China

Chama-se "Tavira", em homenagem à cidade algarvia com o mesmo nome, e serve cataplanas e outros pratos típicos da região. Porém, ao contrário do que seria de pensar, este restaurante não fica em Portugal, mas sim... na cidade chinesa de Hangzhou.
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Chama-se “Tavira”, em homenagem à cidade algarvia com o mesmo nome, e serve cataplanas e outros pratos típicos da região. Porém, ao contrário do que seria de pensar, este restaurante não fica em Portugal, mas sim nos arredores de Hangzhou, na costa leste da China, tendo nascido pela mão de um casal chinês que se apaixonou pela gastronomia portuguesa. 
 
Li Min, empresária radicada há quase duas décadas em Portugal e sócia do único restaurante português de Hangzhou, aberto em Novembro passado, conta à agência Lusa que “a comida portuguesa é muito boa, sobretudo o arroz de marisco” e que “todos os chineses gostam”.
 
A empresária chegou a Portugal em 1994 e começou por abrir um restaurante chinês, no centro do país, mudando-se depois para a zona de Tavira, no sul, onde hoje tem dois espaços de restauração. Para o seu restaurante português na China, Li Min contratou um “chef” algarvio, Bruno Ferro, e um outro empregado português, Joaquim Nunes, “que ajuda na sala”. 
 
Em declarações à Lusa, Bruno Ferro explica que o menu do restaurante de Hangzhou é “o mesmo de Portugal”. “Alterei um pouco as guarnições, porque os chineses gostam mais de arroz do que de batata, mas, de resto, é tudo igual”, revela o “chef”.
 
Segundo o português, entre os pratos que saem melhor e que são mais apreciados pelos chineses estão o “bife à portuguesa”, o frango grelhado, o arroz de marisco e as cataplanas. E até a cataplana de lagosta, “o prato mais caro”, que custa cerca de 280 yuan (perto de 35 euros), “sai bem”.
 
O restaurante “Tavira”, situado nos arredores da cidade, uma das mais prósperas da China, com cerca de 53 milhões de habitantes, tem capacidade para acolher quase uma centena de clientes e tem igualmente vinho, azeite e café vindos de Portugal. Os temperos, esses, também se mantêm fiéis à tradição.

Mais um restaurante português em Hangzhou está no horizonte

 
“Temperamos tudo como em Portugal. A nossa comida é diferente e devemos manter essa diferença”, defende Bruno Ferro, que admitiu, no entanto, que o serviço teve de adaptar-se aos hábitos locais. “Nós comemos primeiro a sopa, depois o peixe e a seguir a carne, mas os chineses querem que os pratos saiam todos ao mesmo tempo”, desvenda.
 
Bruno Ferro, nascido em Faro em 1965, é cozinheiro profissional há 15 anos e nunca tinha saído de Portugal antes de ir para Hangzhou, uma experiência que define como “uma aventura”, mas também como “um choque muito grande”. 
 
Ainda assim, depois de dois meses na China, o “chef” diz-se surpreendido com “os próprios chineses”. “Esperava que fossem mais fechados. Afinal, são prestáveis e até me fazem lembrar aquelas pessoas muito amáveis que encontramos na serra algarvia”, acrescenta.
 
Em Março, Bruno Ferro e Li Min vão regressar ao Algarve para preparar a reabertura dos seus restaurantes durante a próxima época balnear, mas o “Tavira” chinês vai continuar em funcionamento. Aliás, a empresária está já mesmo a pensar abrir mais um restaurante de comida portuguesa em Hangzhou, desta vez no centro da cidade. 

[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes]

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