Mundo

Cartas de soldado chegam ao filho após 69 anos

Um par de cartas enviadas por um soldado norte-americano que prestou serviço militar durante a Segunda Guerra Mundial e que se destinavam à mulher acabam de chegar, passados 69 anos, às mãos do filho, depois de se terem perdido no correio.
Versão para impressão
Um par de cartas enviadas por um soldado norte-americano que prestou serviço militar durante a Segunda Guerra Mundial e que se destinavam à mulher acabam de chegar, passados 69 anos, às mãos do filho, depois de se terem perdido no correio algures entre Itália e Arlington, nos EUA.

As cartas foram encontradas por John Armstrong, um colecionador de selos australiano, que se cruzou com os documentos depois de os ter comprado a um americano. “Comprei várias cartas e, quando estava a organizá-las, apercebi-me que havia duas que não pareciam ter sido abertas”, contou o australiano ao canal News10 da ABC.
 

John Armstrong decidiu, então, saber mais sobre o remetente das cartas, Chris Kunellis, através de uma pesquisa online, mas só encontrou informações sobre o filho, Chuck. Escreveu-lhe um e-mail e, alguns dias depois, recebeu uma resposta.
 
“Enviei-lhe as cartas por correio porque é lá que pertencem. Só estão cerca de 70 anos atrasadas, o que é algum tempo, se pensarmos bem nisso”, brincou o colecionador, garantindo não querer nada em troca. 
 
Desta vez, a correspondência chegou ao destino e Chuck Kunellis recebeu as cartas que o progenitor escrevera para a mulher, Phyllis, em 1944, quando se encontrava a servir em Itália. Dado que ambos os pais já faleceram, o momento em que as leu foi comovente. “Foi emotivo. Senti-me novamente como uma criança”, confessou Kunellis, que admite que as cartas trouxeram ao de cima muitas memórias.

Cartas podem vir a integrar exposição de selos
 

Segundo Kunellis, os documentos têm grande significado porque o pai, que foi para a guerra apenas dias depois do seu nascimento, nunca falou dos seus tempos de serviço militar. “Ele fez parte da invasão de Itália e da Batalha do Monte Cassino, que causou milhares de mortes dos dois lados. Ao ler isto, tenho uma ideia de onde ele esteve”, explicou.
 
John Armstrong, que se encontra a organizar uma exposição com os selos que coleciona e as histórias por trás das cartas, espera agora poder incluir a história do pai de Chuck Kunelli. 
 
“Fui historiador ao longo de toda a vida e são as histórias que me tocam. Um envelope na minha secretária não tem história até ao começar a analisá-lo. Se conseguir por um ponto final na história ao enviá-lo a alguém a quem pertence, isso é fantástico”, concluiu.

Comentários

comentários

PUB

Live Facebook

Correio do Leitor

Mais recentes

Passatempos

Subscreva a nossa Newsletter!

Receba notícias atualizadas no seu email!
* obrigatório

Pub

Este site utiliza cookies. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização. Saiba mais aqui.

The cookie settings on this website are set to "allow cookies" to give you the best browsing experience possible. If you continue to use this website without changing your cookie settings or you click "Accept" below then you are consenting to this.

Close