De acordo com os especialistas citados por um jornal italiano, o pó, o
suor e a respiração dos 4 milhões de turistas que todos os anos visitam a
Capela aumentam o risco de danificar seriamente os afrescos pintados
por Michelangelo.
“A ideia é lançar um projeto de museu virtual que permita ao público aprofundar na sua visita e nos conteúdos da obra, com um instrumento a mais para ter acesso a este importante patrimônio”, explicou hoje à Agência Efe Eva Pietroni, coordenadora do CNR para o Instituto de Tecnologias Aplicadas aos Bens Culturais.
A ideia baseia-se no caso de sucesso da sala multimédia que desde 2003 foi instalada às portas do Museu Cívico de Pádua, com uma reprodução em 3D dos afrescos que Giotto realizou para a Capela dos Scrovegni.
“O objetivo é regular o fluxo de visitas, não fechar a Capela Sistina ao público, simplesmente oferecer ao visitante uma ferramenta para que se oriente melhor e entre para ver a obra familiarizado com seu conteúdo”, aponta Eva.
Deste modo, segundo a especialista – coordenadora do grupo de trabalho que construiu a sala virtual de Pádua -, “o visitante pode completar a informação, se aproximar com outra perspetiva da obra, passear pelo espaço e captar elementos que de outro modo não perceberia”.