Saúde

Cancro: Investigador português ganha prémio mundial

O investigador nacional Ludgero Tavares, da Universidade de Coimbra (UC), foi o grande vencedor do "Young Investigator Award" ("Prémio Jovem Investigador", em português) atribuído durante o Congresso Internacional de Cancro do Pulmão.
Versão para impressão
O investigador nacional Ludgero Tavares, da Universidade de Coimbra (UC), foi o grande vencedor do “Young Investigator Award” (“Prémio Jovem Investigador”, em português) atribuído durante o Congresso Internacional de Cancro do Pulmão que se realizou, recentemente, na Malásia, graças a um estudo importante para tornar mais claro o diagnóstico da doença.
 
Ludgero Tavares viu o estudo em que participou ser eleito entre mais de duas centenas de trabalhos pela “Association for the Study of Lung Cancer” (“Associação Internacional para o Estudo do Cancro”), responsável pela organização do congresso, revela um comunicado enviado pela UC ao Boas Notícias. 
 
A investigação em causa, que se debruçou sobre o metabolismo do cancro do pulmão e decorreu no departamento de Ciências da Vida da UC, permitiu, através de técnicas de Ressonância Magnética Nuclear (RMN), quantificar a produção de lípidos em células cancerígenas, o que contribui para facilitar e clarificar o diagnóstico da patologia. 
 
O estudo do metabolismo do cancro do pulmão permite “conhecer melhor os mecanismos da doença que causa, anualmente, 1,59 milhões de mortes em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), contribuindo para melhorar o diagnóstico e avançar para o desenvolvimento de novos alvos terapêuticos”, explica Ludgero Tavares.
 
Financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), o estudo focou-se em duas linhas celulares de cancro de pulmão humano, a A549 (muito comum) e a H1299, tendo os investigadores constatado que, quando a doença está presente, a síntese de lípidos é superior, em mais do dobro, à de uma linha celular de um pulmão saudável.
 
Em resultado da descoberta, coordenada por Rui de Carvalho, os investigadores têm fortes indícios de que a enzima Isocitrato Desidrogenase (IDH), uma enzima do ciclo de Krebs (conjunto de reações químicas que acontecem na vida da célula para a obtenção de energia) seja a principal responsável por esta produção de lípidos em excesso nas células cancerígenas. 
 
A equipa está, portanto, atualmente, a tentar silenciar a enzima (isto é, retirá-la do sistema através de manipulação genética) para avaliar a sua preponderância no processo de aparecimento de tumores. 
 

Comentários

comentários

PUB

Live Facebook

Correio do Leitor

Mais recentes

Passatempos

Subscreva a nossa Newsletter!

Receba notícias atualizadas no seu email!
* obrigatório

Pub

Este site utiliza cookies. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização. Saiba mais aqui.

The cookie settings on this website are set to "allow cookies" to give you the best browsing experience possible. If you continue to use this website without changing your cookie settings or you click "Accept" below then you are consenting to this.

Close