A expessura da camada de ozono varia consoante a temperatura e a quantidade de substâncias químicas produzidas pelo Homem que destroem o ozono existente na atmosfera, sobretudo na Antártida, no Hemisfério Sul, para onde a maior parte destes elementos poluentes são atraídos.
“Estas substâncias foram libertadas durante anos e destruíram fortemente a camada de ozono”, tornando-a perigosamente mais fina em certas zonas, sublinha a cientista da NASA Susan Strahan, num vídeo publicado esta semana no Youtube da agência espacial norte-americana.
No entanto, desde o acordo obtido através do Protocolo de Montréal, em 1987, as emissões foram regulamentadas e parece que os esforços estão a produzir consequências positivas para a sustentabilidade do nosso planeta. Desde a sua criação, o protocolo já foi assinado por mais de 150 países, que assumem assim o compromisso de controlar a emissão de substância que prejudicam o ozono.
Com o objetivo de obter uma imagem mais precisa do tamanho futuro da camada de ozono, os cientistas usaram os dados recolhidos pelo satélite AURA durante os últimos nove anos, para perceberem de que maneira as emissões poluentes têm vindo a reduzir de ano para ano.
Com base nestes dados, os cientistas realizaram um estudo que prevê que em 2040 o buraco da camada de ozono (ou seja a zona onde esta camada está mais fina e frágil) vai ser menor do que 8 milhões de milhas quadradas – um valor considerado muito positivo.
“Com esta nova informação podemos olhar para o futuro e afirmar que a camada de ozono será cada vez mais pequena, até desaparecer”, diz Susan Strahan.
Devido à obtenção destes resultados positivos, os cientistas da NASA Goddard Space Flight Center vão continuar a monitorizar a recuperção da camada do ozono, apontando para que antes do final do século, o buraco na camada de ozono tenha desaparecido completamente.
Uma das consequências da degradação da camada de ozono é uma maior exposição à radiação ultravioleta que contribui, por exemplo, para o surgimento de melanomas (cancro da pele) e cegueira no ser humano.