Saúde

Asma: Novo fármaco diminui em 50% ataques graves

Uma nova investigação realizada nos hospitais da Universidade de Leicester, em Inglaterra, identificou um tratamento promissor para pacientes que sofrem de asma severa - a chamada asma eosinofílica - capaz de reduzir em cerca de 50% ataques graves.
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Uma nova investigação realizada nos hospitais da Universidade de Leicester, em Inglaterra, identificou um tratamento promissor para pacientes que sofrem de asma severa – a chamada asma eosinofílica. Um fármaco administrado pela equipa aos voluntários conseguiu reduzir significativamente os ataques graves, trazendo uma nova esperança aos doentes.
 
Ao longo de 10 anos, uma equipa médica coordenada por Ian Pavord, do Glenfield Hospital, estudou qual seria a melhor forma de lidar com este problema, tendo acabado por identificar um subgrupo de pacientes com uma resposta positiva a um fármaco denominado Mepolizumab.
 
Os especialistas desenvolveram, então, um ensaio clínico controlado com 621 doentes com idades entre os 12 e os 74 anos e originários de 13 países durante o qual compararam os efeitos da administração de Mepolizumab e de um placebo no número de ataques de asma sofridos pelos pacientes num ano.
 
Os pacientes foram divididos em quatro grupos: três receberam doses de 75mg, 250mg ou 750mg de Mepolizumab e todos mostraram uma grande diminuição nos ataques (49%, 39% e 52%, respetivamente) em comparação com o grupo que recebeu o placebo. Nem os médicos, nem os voluntários sabiam, porém, quem tinha recebido o quê até à análise dos resultados.
 
De acordo com comunicado divulgado pela Universidade de Leicester, os investigadores descobriram que uma injeção mensal deste fármaco foi suficiente para reduzir, em média, em 50% os ataques de asma, sendo que as melhorias foram mais significativas nas pessoas com ataques frequentes e que nenhum dos pacientes submetidos ao tratamento reportou quaisquer efeitos secundários.
 
Ian Pavord, que coordenou a investigação, considera que esta é “uma descoberta importante que aumenta a esperança de cerca de 5% a 10% dos pacientes de asma, que sofrem de ataques severos e não respondem aos tratamentos disponíveis atualmente”.
 
“Esta é, provavelmente, a primeira opção nova para tratar estes doentes a surgir nos últimos 15 anos”, acrescenta o especialista, congratulando-se com os resultados do medicamento desenvolvido pela farmacêutica GlaxoSmithKline.
 
Os resultados da investigação foram publicados este mês na revista científica The Lancet e os médicos pretendem agora continuar a estudar o Mepolizumab antes de inserir o fármaco no circuito comercial e de o disponibilizar às clínicas de todo o mundo.

Clique AQUI para aceder ao estudo publicado na The Lancet (em inglês).

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