Cultura

Artista luso pinta “muro mais alto da Europa” em Paris

António Correia, mais conhecido como Pantónio, está em Paris para pintar aquele que é "o muro mais alto da Europa", a convite da galeria francesa Itinerrance.
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António Correia, mais conhecido como Pantónio, está em Paris para pintar aquele que é “o muro mais alto da Europa”, a convite da galeria francesa Itinerrance. Ainda numa fase inicial, o trabalho do artista urbano português já começa a ser visível ao longo da fachada lateral de um prédio do 13º bairro da capital francesa.
 
Com 66 metros de altura e 15 metros de largura, a parede vai contar com o desenho de “um turbilhão de peixes em volta de uma corda segura ao chão”. A mesma situa-se ao lado de outra torre decorada pelo artista francês Stew e corresponde ao maior mural que o português alguma vez trabalhou. 
 
O objetivo é “jogar um pouco com o ambiente daquele sítio cheio de prédios altos e cheios de pessoas”, ou seja, fazer um “registo dos tempos em que vivemos, com as populações em movimento e em grupos”. Em declarações à Lusa, Pantónio revela que “pintar uma coisa daquele tamanho é 50% de desenho, 50% de desporto”, por ser difícil “desenhar 'em grande' e não conseguir que o braço se estenda”. 
 
“É o maior que eu pintei e não é fácil pintar muros desta altura”, garante. “Em Gangju, na China, pintei um com cerca de 50 metros. Este é mais alto há um tempo que não pinto coisas assim tão grandes. Há desafios técnicos que têm a ver com as dimensões, como conseguir ver o desenho todo e dar algum dinamismo às formas”.
 
Para pintar a fachada, o artista conta com a ajuda de um andaime suspenso motorizado, sustentado por uma estrutura metálica, que lhe permite subir e descer a parede, recorrendo também a um extensor para o rolo de pintura.
 
“Estou a trabalhar num elevador que faz imenso barulho porque tem um alarme de segurança e cada vez que se move apitam dois alarmes”, conta. “É um elevador seguríssimo, não sinto a mínima das vertigens. Consigo correr de uma ponta à outra e desenhar rápido”.
 
O mural vai integrar o percurso de 'street art' que a Galeria Itinerrance tem vindo a criar neste bairro e que conta já com 20 obras monumentais, em fachadas de prédios, assinadas por vários artistas como o norte-americano Obey, o brasileiro Ethos, o francês C215, o tunisino el-Seed e o português Vhils.
 
Os animais em turbilhão são um tema recorrente de Pantónio que desenha figuras alongadas a sugerir movimento, usando uma paleta minimalista de cores como o preto, o branco e o azul a evocar o ambiente marítimo e a rocha vulcânica dos Açores, onde nasceu.
 
Entre as obras mais recentes do português estão um mural no centro da cidade de Sherbrooke, no Canadá, outro em Gangju, na China, tendo também tido uma exposição na Galeria Itinerrance em março, em Paris.

Notícia sugerida por Maria da Luz

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