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Algarve: Reformados europeus apaixonados por Olhão

O clima, a segurança, a gastronomia e as boas energias estão entre as qualidades que estão a transformar Olhão, no Algarve, num destino de eleição para muitos cidadãos reformados europeus que estão a comprar cada vez mais casas na cidade.
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O clima, a segurança, a gastronomia e as boas energias estão entre as qualidades que estão a transformar Olhão, no Algarve, num destino de eleição para muitos cidadãos reformados europeus que estão a comprar cada vez mais casas naquela cidade piscatória e a restaurá-las, uma tendência que está a agitar a economia local.
 
Em declarações à Lusa, Elsa Marques, gerente da imobiliária Top Marques, em Olhão, revela que vendeu, nos últimos três meses, 15 casas na Baixa da cidade a reformados de Inglaterra e França, mas também da Alemanha, Dinamarca e Finlândia.
 
Os preços acessíveis estão, para a responsável, entre os principais atrativos para os estrangeiros. “Tenho a certeza que eles também vêm pelos bons preços que temos aqui em Olhão”, sustenta, salientando que a maior parte dos imóveis da Baixa de Olhão custa menos de 100 mil euros.
 
Porém, a cidade tem muitos mais encantos e são estes encantos que, a par da publicidade que a abertura de um hotel de cinco estrelas em Olhão tem trazido ao local, atraem cada vez mais cidadãos de outros países, defende Elsa Marques.
 
“É tão típica, é uma cidade que ainda tem coisas antigas […], a maioria das casas aqui são quase todas de antes de 1951 e isso também faz a diferença para os estrangeiros, que gostam de sentir que estão a comprar algo histórico”, refere, dizendo acreditar que o fenómeno “só está a começar” e que “vai continuar”.
 
Segundo a gerente imobiliária, os reformados europeus estão a renovar o património de Olhão, optando pelo restauro e nunca pela demolição. Além disso, a preferência pelo centro parece estar, também, relacionada com o facto de muitos destes estrangeiros não terem carro e alugarem barcos para ir visitar as ilhas da Ria Formosa.

Franceses e ingleses constituem maioria dos novos moradores
 

O francês Jean-Louis Pallanca, de 66 anos, médico naturopata reformado, é um dos novos residentes de Olhão que, com o apoio da mulher, comprou duas casas na cidade algarvia, tomado pelo amor à primeira vista que sentiu ao pousar o pé no local depois de uma viagem em veleiro desde França e por considerar que as casas estão a “um bom preço para os franceses”.
 
A primeira casa, para viver, localiza-se no coração da cidade piscatória, custou 100 mil euros e tem vista para a Ria Formosa, garagem para o barco e três quartos. Já a segunda, que custou 50 mil euros, está a ser restaurada “porque é muito antiga”, e é mais um reflexo da paixão do casal por Olhão, motivada pelo sol, o mar, o peixe fresco, o mercado e um espírito vivo que se mantém ao longo de todo o ano, mesmo de inverno.
 
A mesma opinião é partilhada por Will Davies, britânico, também de 66 anos, que vive em Olhão com a mulher, Jackie, há seis meses, numa casa adquirida na Baixa por 130 mil euros. Para Davies, o carinho imediato por Olhão deveu-se ao facto de a cidade o fazer lembrar a vila onde nasceu, no sul do País de Gales.
 
“A luz do sol é encantadora, absolutamente adorável”, confessa o antigo empresário, gora reformado, que também escolheu Olhão devido ao clima, à boa comida, aos habitantes locais e à segurança.
 
Depois de se ter mudado permanentemente para a cidade algarvia em Outubro, Davies diz estar a “amar cada minuto” da vida em Olhão e garante que o preço da casa o deixou “muito contente”. “Espero viver aqui pelo menos dez anos, se Deus me deixar ficar esse tempo todo”, admite à Lusa com uma gargalhada.

Isenção fiscal nas reformas atrai estrangeiros
 

Além das caraterísticas atraentes da localidade piscatória, a chegada de reformados a Olhão e a Portugal em geral parece também explicar-se com a introdução de isenções fiscais nas reformas.
 
De acordo com Reinaldo Teixeira, da imobiliária Garvetur, com sede no Algarve, a nova lei, que permite a isenção fiscal durante 10 anos para as pensões de reforma de cidadãos estrangeiros que residam em Portugal há mais de 183 dias é um fator essencial para a nova vaga de emigrantes reformados.

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