Ambiente

Algarve: Encontrada alga que não se via há 50 anos

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Investigadores do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) da Universidade do Algarve encontraram na Ria Formosa uma espécie de alga que não era vista na região há mais de 50 anos, anunciou a instituição num comunicado divulgado esta segunda-feira.

A descoberta ocorreu no âmbito de trabalhos promovidos pela Sociedade Polis Litoral Ria Formosa, no canal da Fuseta. A equipa do CCMAR crê que o reaparecimento da alga Caluerpa prolifera, espécie cujo desenvolvimento depende muito da temperatura da água, pode estar relacionado com o aquecimento global.

Há, no entanto, a possibilidade de a alga ter estado sempre presente naquele ecossistema sem que alguém tenha reparado nela.

Citada pela agência Lusa, a coordenadora dos trabalhos, Alexandra Cunha, refere que os investigadores foram surpreendidos pela descoberta quando monitorizavam, em mergulho, as pradarias de Zostera marina na ria e um colega estranhou o tamanho de algumas folhas.

Já no laboratório, a equipa constatou que a alga já tinha sido identificada na Ria Formosa em 1845 pelo austríaco Frederico Welwitsch, que emprestou o seu apelido à planta apenas existente em África.

A Caulerpa prolifera é uma alga verde de origem mediterrânica que surge normalmente associada a uma erva marinha existente na Ria Formosa também chamada de "ceba", lê-se no comunicado.

A alga tem a particularidade de ser formada por células gigantes com vários núcleos a circular no seu citoplasma, ao contrário da maioria das algas, que têm células microscópicas e de apenas um núcleo.

A equipa do CCMAR prevê agora apurar a atual distribuição desta espécie e o seu comportamento na Ria Formosa. Até lá, a mancha descoberta vai ser monitorizada e protegida.

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