Inovação e Tecnologia

Governo poupará milhões com softwares open source

O Governo está a planear a substituição dos programas informáticos de marca por outros de código aberto - os chamados "open source" - nos computadores da administração pública -, o que permitirá poupar milhões e criar centenas de empregos.
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O Governo está a planear a substituição dos programas informáticos de marca por outros de código aberto – os chamados “open source” – nos computadores da administração pública. Além de proporcionar poupanças na ordem dos 100 milhões de euros por ano, a medida poderá ainda criar algumas centenas de empregos qualificados.
 
A notícia é avançada pela agência Lusa, que escreve que, apesar de esta alteração estar nos planos do Executivo, os responsáveis estão ainda a efetuar um levantamento destinado a permitir saber quantos computadores são, ao certo, utilizados pela máquina estatal.
 
Quando avançar, a mudança estará a cargo do Grupo de Projeto para as Tecnologias de Informação e Comunicação (GPTIC) que reconhece, sem revelar valores, que, embora já haja casos em que os computadores da administração pública utilizam programas de código aberto, este número é “ainda abaixo”.

Medida poderá gerar mais de 300 empregos

Os programas de código aberto distinguem-se por, ao contrário dos programas de marca (cujo mercado é dominado pela Microsoft), serem de utilização livre e gratuita e, como o próprio nome indica, poderem ser adaptados e modificados sem restrições pelos utilizadores com conhecimentos técnicos para os fazer.
 

Segundo contas feitas pela Lusa, tomando por base o valor de 169 milhões de euros investidos em 2010 pelo Estado em programas informáticos e atendendo a que os cálculos dos especialistas apontam para uma poupança de 60% a 70%, com o uso de softwares “open source”, os custos baixariam para valores que rondariam os 67 milhões de euros, que iriam diretamente para as empresas nacionais que garantiriam o seu funcionamento.
 
As estatísticas da Associação de Empresas de Software Open Source Portuguesas (ESOP) mostram, por outro lado, que as suas 24 associadas empregavam, no ano passado, 624 pessoas que produziram um trabalho que rendeu quase 114 milhões de euros, podendo concluir-se que a cada milhão de euros facturado correspondem 5,7 empregos.
 
Portanto, ainda de acordo com os cálculos da Lusa, os cerca de 67 milhões que o Estado pagaria, num cenário de substituição, às empresas portuguesas, iriam criar 335 postos de trabalho. 
 
Para Gustavo Homem, presidente da ESOP, a vantagem desta substituição permitiria, então, além das grandes poupanças financeiras, evitar a saída de divisas do país e criar emprego altamente especializado.

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