Várias dezenas de espécies - desde elefantes a ursos polares, tubarões e mantas a plantas medicinais e árvores raras - deverão ver a sua proteção reforçada por um novo tratado da Organização das Nações Unidas (ONU) para a conservação das espécies.
Várias dezenas de espécies – desde elefantes a ursos polares, tubarões e mantas a plantas medicinais e árvores raras – deverão ver a sua proteção reforçada por um novo tratado da Organização das Nações Unidas (ONU) para a conservação das espécies em perigo. Este reforço depende da aprovação de uma série de propostas que serão discutidas em Março do próximo ano.
Durante a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (CITES), cimeira sobre a vida selvagem marcada para 2013 em Bangkok, na Tailândia, vão ser analisadas as sugestões apresentadas por mais de 50 países.
De acordo com uma nota da ONU, as novas propostas destinam-se a aumentar a proteção de determinadas espécies, assegurar que outras passam a ser protegidas e, noutros casos, atenuar essa proteção graças aos bons resultados obtidos na sua preservação.
Uma das hipóteses de maior relevo, efetuada por países como o Burkina Faso, o Quénia, o Mali e o Togo, prende-se com o aumento da proibição do comércio de marfim, com o objetivo de combater a caça aos elefantes. Já os EUA pretendem colocar os ursos polares e algumas espécies marinhas raras na lista de animais cujo comércio internacional deve ser permitido apenas em circunstâncias excecionais.
Proteção de plantas e árvores também em discussão
Medida semelhante é proposta pelo Brasil, os Camarões, o Egito e a União Europeia, que procuram aumentar a proteção do tubarão-sardo. Pedidos diferentes estão a ser feitos por Madagáscar, Quénia e México, que pretendem incluir diversas árvores e plantas medicinais e ornamentais nesta lista, que oferece às espécies uma proteção superior.
Durante a convenção de Março, os 176 estados-membros da CITES vão também estudar possíveis formas de aumentar o combate ao tráfico ilegal de marfim e de chifres de rinoceronte, bem como dos grandes felinos asiáticos e de mamíferos como os gorilas e os chimpanzés. Em cima da mesa estará igualmente o potencial impacto das medidas adotadas nas vidas das populações rurais pobres.
Atualmente, a CITES é uma das mais poderosas ferramentas para a conservação da biodiversidade a nível mundial, regulando o comércio internacional de mais de 35.000 espécies de plantas e animais, incluindo os seus produtos e derivados, e assegurando a sua sobrevivência nos seus habitats naturais com benefícios para as comunidades locais e o ambiente.
[Notícia sugerida por Patrícia Guedes e Diana Rodrigues]