Hélder Guimarães nasceu no Porto, tem apenas 29 anos, e venceu, no domingo passado, um dos maiores galardões na área do ilusionismo atribuído pela Academia de Artes Mágicas de Hollywood, nos EUA: o “Parlour Magician of the Year”.
“Fiquei petrificado”, disse Hélder Guimarães à Lusa. “Fui, provavelmente, a pessoa mais surpreendida da sala, quando ouvi que era vencedor”, acrescentou.
O ilusionista português foi o primeiro do nosso país a vencer o prémio, para o qual concorriam, este ano, sete nomeados – cinco norte-americanos, um inglês e ele próprio. O reconhecimento deve-se a um trabalho que o portuense apresentou “na sala Parlour of Prestidigitation do Magic Castle para mais de 100 pessoas e durante 20 minutos e em que toda a gente consegue ver as magias”, explica.
Para o jovem mágico portuense, o prémio significa antes de mais “um grande reconhecimento” e “prestígio”, já que, monetariamente, o prémio é simbólico e não enriquece ninguém (mil dólares).
Além disso, Hélder Guimarães conta que ter ganho este prémio significa “mais contactos, mais projetos e mais visibilidade entre a comunidade artística internacional”.
O ilusionista classifica a noite dos “óscares” da magia como uma “mágica e surreal”. Esteve rodeado de amigos, namorada e de pessoas que admira, como Jason Alexander (o George da série cómica `Seinfeld`)”, ator e mágico que já ganhou o prémio `Parlour Magician of the Year` no passado.
“O Jason Alexander fez a meio da cerimónia dos prémios uma recapitulação dos trabalhos dos nomeados e fez uma piada sobre mim”, conta o jovem mágico, admitindo que é admirador do ator.
Hélder Guimarães, que terminou em 2006 o curso de teatro na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto, trabalha atualmente nos EUA, designadamente para empresas como a Google, Apple ou “The Tonight Show”, um dos programas americanos mais conhecidos e que passa no canal televisivo NBC.
A Academia de Artes Mágicas de Hollywood é um organismo sem fins lucrativos e dedicada à devoção e promoção da arte da magia.
[Notícia sugerida por Carla Sousa, Maria Manuela Mendes e Elsa Martins]