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3.º Portugal de Lés-a-Lés Off-Road

Grande aventura por serras e montes de Portugal vai ajudar na reflorestação das regiões ardidas.
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Sensível ao drama que assolou grande parte do País durante os meses quentes de julho e agosto e que se prolonga há vários anos, com particular incidência nas regiões do interior, a Federação de Motociclismo de Portugal vai levar a cabo peculiar e importante campanha de apoio à reflorestação de algumas das áreas mais atingidas pelos incêndios. A singularidade da iniciativa consiste na plantação de jovens árvores autóctones de cada um dos concelhos atravessados pelo 3.º Portugal de Lés-a-Lés Off-Road, evento que tem lugar de 20 a 23 de setembro. Passeio sem qualquer carácter competitivo na ligação de duas extremidades do mapa nacional, entre Boticas e Lagoa com passagem por Belmonte e Arraiolos, por caminhos de terra batida na descoberta do mais encantador e desconhecido património paisagístico e natural de Portugal. E que, pela enorme proximidade com as paisagens devastadas aliada ao sentimento de respeito e proteção ambiental, sente ainda mais de perto o drama ambiental causado pelas chamas.

Escolha criteriosa das árvores a plantar, assente na pesquisa sobre as características de cada região e ratificada por especialistas, que ajudará a manter a fertilidade do espaço rural e o equilíbrio ecológico das paisagens, funcionando ainda como salvaguarda de importantes locais de abrigo, alimento e reprodução de grande número de espécies animais da fauna portuguesa, algumas delas em vias de extinção. A lista de argumentos que sustenta esta inovadora e muito aplaudida ação da Federação de Motociclismo de Portugal e de todos os motociclistas continua com a contribuição para a redução do efeito de estufa, fixando o carbono atmosférico; a regulação do ciclo da água e sua qualidade, evitando a erosão dos solos, fomentando a vida aquática e criando melhores condições para a pesca desportiva e, muito importante, oferecendo maior resistência aos incêndios florestais, evitando ainda a sua propagação. O fornecimento de madeiras de qualidade para a indústria, nomeadamente de mobiliário (castanho, carvalho, etc…), ou de frutos (castanha, bolota, etc) e matérias-primas (cortiça e lenha), são outras das vantagens da mudança de espécies que, além do mais, aumentarão o valor turístico dos sítios ao manterem a qualidade das paisagens.

Assim, durante o 3.º Portugal de Lés-a-Lés Off Road, serão plantadas, de forma simbólica, dois exemplares das espécies arbóreas da floresta autóctone ou indígena do nosso País para mais tarde, na altura adequada à sua plantação, serem oferecidas algumas centenas de árvores aos concelhos atravessados para replantação das áreas ardidas. Espécies como o carvalho-negral, castanheiro, cerejeira-brava, amieiro, freixo, azinheira, carvalho-roble, sobreiro, choupo-branco, pinheiro-manso ou medronheiro serão assim entregues às populações dos vários locais atravessados, por serem mais resistentes a pragas e doenças do que as espécies introduzidas, como o eucalipto ou pinheiro, bem como aguentarem melhor longos períodos de seca ou de chuva intensa.

Solidariedade para com as populações afetadas que ditou esta decisão da Comissão de Mototurismo da FMP após o reconhecimento do percurso em condições reais, confirmando a negra realidade que se vive em grande parte do País e que motivou ainda alguns reajustes ao percurso do 3.º Portugal de Lés-a-Lés Off-Road. Acertos no percurso da grande aventura fora de estrada que liga, ao longo de três etapas e 1000 quilómetros, dois extremos do mapa nacional através de caminhos menos conhecidos. Com etapas a rondar os 300 km diários e índice de dificuldade bastante acessível, sem grandes complicações de condução ou obstáculos de difícil transposição, está aberto a trails de todas as dimensões e cilindradas, marcas e modelos. Descoberta do Portugal ‘mais profundo’, em programa recheado de diversão, prazer de condução e paisagens de cortar a respiração, em evento mototurístico – que não competitivo! – que volta a mostrar alguns dos locais mais fascinantes do País e que é sublinhado pelo carácter social reforçado no apoio à reflorestação das áreas ardidas com as árvores mais adequadas a cada região.

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