Saúde

Treino: pesos leves são tão eficazes como os pesados

Um novo estudo da Universidade McMaster (Ontário, Canadá) está a desafiar o conhecimento tradicional sobre o treino físico ao sugerir que levantar pesos leves muitas vezes é tão eficiente quanto levantar pesos mais pesados menos vezes.
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Um novo estudo da Universidade McMaster (Ontário, Canadá) está a desafiar o conhecimento tradicional sobre o treino físico ao sugerir que levantar pesos leves muitas vezes é tão eficiente quanto levantar pesos mais pesados menos vezes.

Esta investigação faz parte de uma série de estudos da Universidade McMaster que começou em 2010. Com o objetivo de analisar os efeitos da repetição de exercício no corpo humano, os investigadores acabaram por concluir que pode ser até mais eficaz fazer muitos exercícios de pouca resistência que poucos exercícios com mais resistência.

"A fadiga é o grande equalizador aqui", diz Stuart Phillips, autor sénior do estudo e professor do Departamento de Cinesiologia. “Se uma pessoa levantar até ao ponto de exaustão não importa se os pesos são pesados ou leves.”

No estudo participaram dois grupos de homens em boa forma física. Durante 12 semanas, cada grupo realizou um regime de exercícios diferente, com um grupo levantando pesos mais leves (até 50 por cento da força máxima) com 20 a 25 repetições e o outro grupo a levantar pesos mais pesados (até 90 por cento da força máxima) com 8 a 12 repetições. Todos os participantes foram pedidos para repetirem os exercícios até sentirem que estavam no limite da resistência.

Os investigadores analisaram posteriormente amostras de músculo e osso e concluíram que os ganhos de massa muscular e o tamanho das fibras musculares, medidas-chave para analisar o estado físico, eram praticamente idênticos.

Embora seja improvável que atletas de elite adotem este regime de treino, este é ideal “para o 'mero mortal' que quer ganhar mais músculo,” comenta Phillips.

O estudo mostra ainda que é possível “fazer uma pausa no levantamento de pesos pesados sem comprometer os ganhos”, o que também “é uma nova escolha que pode apelar às massas e fazer com que as pessoas sejam mais ativas e trabalhem mais para melhorar a sua saúde.”

Outra conclusão importante foi que o aumento da força muscular não estava relacionado com a testosterona ou a hormona do crescimento, que muitos acreditam serem responsáveis pelo ganho de músculo.

"A teoria que o aumento de curta duração da hormona do crescimento ou da testosterona são fundamentais para o crescimento muscular é completamente falsa", diz Rob Morton, outro autor do estudo. “É altura de acabar com este tipo de pensamento.”

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