Ciência

Top: As 10 espécies mais surpreendentes de 2012

O International Institute for Species Exploration (IISE) acaba de divulgar o "top 10" das espécies mais surpreendentes dadas a conhecer ao mundo no último ano, que integra, por exemplo, uma barata fluorescente.
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O International Institute for Species Exploration (IISE) acaba de divulgar o “top 10” das espécies – botânicas, zoológicas ou microbiológicas – mais surpreendentes dadas a conhecer ao mundo no último ano. A lista é divulgada anualmente a 23 de Maio, data em que se comemora o aniversário de Carolus Linnaeus, o pai da classificação e denominação “moderna” de plantas e animais.
 
Uma barata fluorescente ou um fungo das pinturas rupestres do Paleolítico estão entre os exemplos das espécies que mais impressionaram os cientistas durante o ano passado e que foram eleitas entre 140 nomeadas, escolhidas de entre um total de 18.000 espécies que foram denominadas pela primeira vez em 2012. 
 
Segundo o IISE, o “top 10” não obedece a qualquer ordem de preferência e a seleção de espécies tem como objetivo “chamar a atenção para a biodiversidade, a ciência e as instituições envolvidas na sua exploração”, considerando elementos como a história natural ou a geografia. 
 
Conheça abaixo as espécies que fazem parte do “top” e saiba mais sobre cada uma:
 
1. Violeta do Peru (ou “lilliputiana”)
É uma das espécies de violeta mais pequenas do mundo, com cerca de um centímetro de altura, e, até hoje, foi apenas encontrada numa região da Cordilheira dos Andes. Os primeiros exemplares desta violeta – batizada em homenagem à ilha de Lilliput, local fictício do romance “As Viagens de Gulliver” de Jonathan Swift – foram recolhidos em 1960, mas só o ano passado a espécie foi descrita como nova.
 
2. Esponja-harpa
Uma esponja carnívora “espetacular” em forma de harpa descoberta a cerca de 3.400 metros de profundidade no Oceano Pacífico, perto da costa da Califórnia, está entre as espécies que mais fascinaram os cientistas em 2012. Estas esponjas predadoras têm múltiplos ramos, dispostos “de forma peculiar”, forma essa que aumenta a facilidade de captura dos pequenos animais marinhos dos quais se alimentam. 
 
3. Macaco-lesula
Trata-se do primeiro macaco a ser descoberto nos últimos 28 anos e foi encontrado pelos investigadores na Bacia Lomami, na República Democrática do Congo. Este macaco do Velho Mundo, “tímido”, com olhos idênticos aos dos humanos e parte do corpo coberta por pêlo loiro,  é familiar para os habitantes locais, mas era totalmente desconhecido para a ciência. Foi avistado pela primeira vez em 2007, mas é mais fácil ouvi-lo – devido aos sons que emite – do que observá-lo.

4. Cobra “comedora de caracóis”
Uma “nova e bonita” espécie de cobra noturna, que, segundo os cientistas, é “inofensiva” para os humanos e se alimenta maioritariamente de caracóis, lesmas, minhocas e ovos de anfíbios, foi descoberta na região oriental do Panamá, onde as atividades de exploração mineira têm colocado o seu habitat em risco. Devido a este facto, a espécie foi denominada “Sibon noalamina”, o que significa, em tradução livre, “cobra não à mina”.
 
5. Fungo da arte rupestre do Paleolítico
Depois de detetarem, em 2001, o aparecimento de manchas pretas na parede de cavernas decoradas com arte rupestre em França, os cientistas começaram a preocupar-se com uma possível deterioração das pinturas do Paleolítico. Porém, acabaram por constatar que estavam na presença de um novo tipo de fungo: o Ochroconis anomala. 

6. O vertebrado mais pequeno do mundo
Foi descoberta na Papua Nova Guiné uma nova espécie de sapo com dimensões minúsculas (cerca de sete milímetros de comprimento) que, segundo os especialistas, é o mais pequeno vertebrado atualmente conhecido no planeta. À semelhança de outras espécies do mesmo género, o sapo Paedophryne amanuensis, da aldeia de Amau, é típico das florestas tropicais húmidas, onde dispõe de um ecossistema único. 

7. Eugenia, um arbusto em extinção
Com uma folhagem verde esmeralda “ligeiramente brilhante” e conjuntos de pequenas flores em tons magenta, a planta E. petrikensis impressionou os cientistas por fazer parte de uma das sete novas espécies detetadas numa floresta da região litoral ocidental de Madagáscar, que cresce num substrato arenoso a vários quilómetros da linha da costa. No passado, este arbusto integrava uma floresta que se estendia por mais de 1.600km, mas, devido à ação humana, está agora em vias de extinção. 

8. Barata que brilha no escuro
É, provavelmente, uma das espécies cuja descoberta gerou mais curiosidade um pouco por todo o mundo. Há cerca de 70 anos foi recolhido um único exemplar desta barata (que se acredita já estar extinta), cujo nome científico é L. luckae, de uma área recentemente afetada pela erupção do vulcão Tungurahua, no Equador. O ano passado, os investigadores concluíram que se trata de uma das mais impressionantes do género devido ao seu tamanho e ao posicionamento das suas “lâmpadas”. 

9. Borboleta da Malásia

A história desta borboleta é curiosa: a espécie foi “apanhada” pela lente de um fotógrafo num parque de Kuala Lumpur, na Malásia, que, depois, partilhou a imagem no Flickr. Por acaso, um estudioso dos insetos, Shaun Winterton, deparou-se com a fotografia nas redes sociais e o animal pareceu-lhe incomum, pelo que decidiu enviá-la para o Museu de História Natural de Londres, que acabou por confirmar que se tratava de uma nova espécie. A espécie recebeu o nome de Jade, em homenagem à filha de Winterton. 

10. Inseto dos tempos Jurássicos

 Na Mongólia, um grupo de investigadores descobriu o fóssil de um inseto do período Jurássico, preservado junto a folhas de árvore. Segundo os especialistas, trata-se de um exemplo raro de “fusão” com a Natureza, que permitiria à espécie “disfarçar-se” à cerca de 165 milhões de anos, antes de as plantas com flor se terem tornado populares. 

Consulte AQUI a lista completa relativa às espécies de 2012.

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