Os bebés prematuros correm um risco superior ao normal de vir a sofrer com complicações. Agora, investigadores suecos desenvolveram um método inovador que ajudará a atrasar o parto e a preparar todos os cuidados para o recém-nascido.
Os bebés que nascem prematuramente correm um risco superior ao normal de vir a sofrer com complicações. Para contornar este problema, investigadores suecos desenvolveram um método inovador para prever se uma mulher grávida, com contrações, vai dar à luz no espaço de sete dias. Desta forma será possível atrasar o parto e preparar todos os cuidados necessários para o recém-nascido.
Atualmente, o nascimento dos bebés antes de estarem completas 37 semanas de gravidez é o maior problema da medicina pré-natal, aumentando o risco de doenças graves a curto e longo prazo. Um grupo de cientistas da Sahlgrenska Academy, da Universidade de Gotemburgo, decidiu, portanto, estudar 142 mulheres grávidas que chegaram ao hospital com contrações mas sem rutura das membranas.
Como resultado do estudo, publicado no British Journal of Obstetrics and Gynaecology, a equipa criou um método que consegue prever com elevada precisão se a mulher vai dar à luz nos próximos sete dias. Além de prevenir internamentos desnecessários, com um teste simples é possível apurar a necessidade da administração de cortisona, para acelerar o desenvolvimento dos pulmões ainda no útero, e retardar o nascimento.
O teste é uma mera análise sanguínea que observa duas proteínas específicas do sangue da mulher e que é combinada com o exame tradicional que utiliza a ecografia para medir a dilatação e, segundo Panagiotis Tsiartas, um dos investigadores envolvidos neste trabalho, “consegue, estatisticamente, prever com 75% a 85% de certezas se a mãe vai dar à luz prematuramente”.
“Vão ser necessários mais estudos antes de o método poder ser posto em prática, mas se os resultados forem bons, o teste irá, se tudo correr bem, conduzir a novos tipos de tratamentos para prevenir os partos prematuros e tratar as complicações que deles resultam”, antevê Tsiartas.
[Notícia sugerida por Elsa Martins]
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