Saúde

Terapia com plantas pode ajudar no combate à asma

A terapia com plantas poderá ter um resultado eficaz no combate à asma, de acordo com os resultados de um estudo japonês dado a conhecer recentemente.
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A terapia com plantas poderá ter um resultado eficaz no combate à asma, de acordo com os resultados de um estudo japonês dado a conhecer recentemente. O estudo envolveu uma terapia denominada “kampo” de cura à base de ervas, que conseguiu fazer desaparecer completamente os sintomas de asma em 94% dos pacientes.
 
Ao todo foram estudadas 278 pessoas afetadas pela doença no dia-a-dia. Destas, 52 foram tratadas segundo os procedimentos regulares – a administração de corticóides inaláveis e broncodilatadores – enquanto as restantes receberam o tratamento com uma mistura de ervas, entre as quais raízes de Scutellaria e Glycyrrhiza (plantas caraterísticas de regiões temperadas e montanhas tropicais), gardénia, extrato de Coptis e canela em pau.
 
Após 16 dias de tratamento, observou-se em 94% dos pacientes tratados com esta prática alternativa um desaparecimento dos sintomas, ao passo que 75% dos participantes tratados normalmente se queixaram da permanência dos mesmos. Os dados foram divulgados por Yoshiteru Shimoide, coordenador da investigação realizada na cidade japonesa de Kagoshima, na conferência anual da American Academy of Allergy, Asthma & Immunology (AAAAI). 
 
Segundo Yoshiteru Shimoide, a eficácia das ervas contra a asma foi, ao início, detetada acidentalmente durante testes com o remédio em pacientes que apresentavam dermatite atópica – um problema de pele – e nos quais os sintomas de asma, de que também padeciam, desapareceram. No entanto, o especialista alerta para o facto de continuar a ser necessário aprofundar os estudos nesta área, já que os resultados são ainda preliminares.
 
Convidado a comentar as conclusões das pesquisas pelo portal WebMD, Peter Creticos, da Johns Hopkins University, em Baltimore, reforçou esta ideia. “É uma descoberta fascinante, mas precisamos de mais investigação”, defendeu, acrescentando que um dos principais problemas do estudo poderá ser o facto de os participantes saberem que lhes foram administradas as ervas. 
 
“Quando as pessoas são tratadas com algo que pensam que vai ajudá-las a combater a doença, mais de 40% vão dizer que, de facto, isso aconteceu”, explica Creticos. Além disso, segundo o especialista, o estudo não teve em conta possíveis efeitos secundários e uma eventual má qualidade de determinadas ervas que, em certos casos, pode ter consequências perigosas.
 

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