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Sobreiro português nomeado para Árvore Europeia do Ano

O maior sobreiro do mundo, registado no livro de recordes mundiais Guinness, protagoniza a estreia de Portugal no concurso da Árvore Europeia do Ano, que será divulgada em março.
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O sobreiro assobiador, classificado como “árvore de interesse público”, soma já 234 anos e está plantado em Águas de Moura, na freguesia de Marateca, no concelho de Palmela (distrito de Setúbal).

Com mais de 14 metros de altura e um perímetro de tronco superior a 4,15 metros, só em 1991 produziu mais cortiça do que a maior parte dos sobreiros produzem em toda a vida, dando origem a mais de 100 mil rolhas. O canto das aves (canoras) que vivem nos ramos, e se assemelha a um assobio, explica o nome que recebeu.

Além de fazer parte do livro do Guinness, encontra-se a concurso para “Árvore Europeia do Ano” (“Tree of the Year”), uma nomeação feita pela União da Floresta Mediterrânica (UNAC), depois de ter sido convidada a integrar, pela primeira vez, a organização do concurso europeu.

“A árvore nacional é o sobreiro, daí a escolha do icónico sobreiro assobiador para representar Portugal, reunia as características ideais”, afirmou o secretário-geral da UNAC, Nuno Calado, à agência Lusa.

O concurso, realizado desde 2011, pretende encontrar a árvore “com a história mais interessante”, pode ler-se na página de internet da iniciativa (https://www.treeoftheyear.org), organizada pela Environmental Partnership Association (EPA), associação que reúne fundações da Bulgária, Eslováquia, Hungria, República Checa, Polónia e Roménia.

“O sobreiro é uma árvore muito importante para Portugal, não só pela cortiça que produz e o volume de exportações que representa, mas porque é um garante de suporte ecológico e económico para populações rurais”, destacou Nuno Calado.

O papel do sobreiro enquanto espécie mais resistente aos incêndios florestais e às alterações climatéricas também não ficou esquecido nesta iniciativa.

“O sobreiro pode ter um papel muito importante em Portugal ao coexistir com outras espécies, criando uma mistura agroflorestal. Pode gerar uma floresta mais resiliente e resistente não só aos incêndios florestais como ao impacto das alterações climáticas, tudo depende da gestão humana e da gestão florestal que todos praticarmos”, lembrou o secretário-geral da UNAC.

A votação decorre até ao dia 28 de fevereiro, através da página do concurso, e os resultados serão conhecidos numa cerimónia no Parlamento Europeu, em Bruxelas, no dia 21 de março, data em que se assinala o Dia Internacional das Florestas.

“Todos os portugueses devem associar-se a esta iniciativa, a votação é obrigatória em duas árvores e é muito simples”, apelou Nuno Calado.

O sobreiro assobiador português concorre contra 12 árvores históricas como a tília belga, a sequoia búlgara ou o ulmeiro espanhol.

O concurso do próximo ano está já a ser preparado pela UNAC, para que “todos os portugueses” possam estar envolvidos na escolha da árvore que representará o país no concurso europeu.

 

Lusa

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