Ambiente

Sagres: Identificadas mais de 100 espécies marinhas

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Mais de 100 espécies marinhas diferentes foram identificadas ao largo de Sagres, no Banco de Gorringe, uma das seis montanhas submarinas mais importantes do mundo. As espécies foram registadas durante uma expedição de uma organização internacional de conservação marinha, a Oceana, em junho e julho deste ano.

Naquela que é uma das seis montanhas submarinas mais importantes do mundo, no Banco de Gorringe, ao largo de Sagres, foram registadas pela Oceana, mais de 100 espécies marinhas diferentes, entre elas, golfinhos pintados.

Durante a expedição foram também encontrados importantes bosques de algas, campos de esponjas de profundidade, bosques de coral negro e extensos leitos de ostras, referiu Ana de la Torriente, cientista marinha da Oceana, à Lusa.

Foram registados golfinhos pintados e baleias como o rorqual, pennatularias, bruxas e peixes como o olho-de-vidro, apara-lápis, moreias e safios.

Uma surpresa

Segundo Ana de la Torriente, as espécies encontradas foram “uma surpresa”. “Estivemos em várias zonas da costa portuguesa a documentar os fundos, mas a zona em frente ao cabo de São Vicente é impressionante”.

“São impressionantes os bosques de coral negro que encontrámos, com grande abundância de peixes. Houve outra zona onde encontrámos extensos campos de esponjas, com diferentes espécies, muito variadas e com muitas cores”, referiu a cientista.

Património Marinho

A Oceana considera que “estes achados refletem a grande biodiversidade marinha e a riqueza da zona”. Assim, vai solicitar ao Governo português que proponha à Comissão Europeia (CE) a proteção de Gorringe para que seja parte da Rede Natura 2000 até ao fim de 2011.

Nesta expedição participaram cientistas da Universidade do Algarve e da Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar que auxiliaram a equipa na expedição em águas portuguesas.

A Oceana “pretende colaborar com o Governo português, oferecendo nova informação científica de lugares sem explorar que permita identificar aquelas zonas de grande interesse pelas espécies e habitats que acolhem e que, portanto, deveriam ser protegidas para cumprir a legislação europeia e os diferentes compromissos internacionais assumidos por Portugal”.

Apesar de já terem passado 19 anos desde que a Diretiva Habitats foi aprovada, atualmente só 0,1% da superfície marinha portuguesa faz parte da Rede Natura 2000. Portugal é o país da União Europeia com a menor percentagem de superfície designada, que faz parte desta rede.

Segundo a Oceana, “Portugal é o país que tem mais superfície marinha da União Europeia e o que tem mais montanhas submarinas no seu território, pelo que a sua responsabilidade na protecção destes ecossistemas é indiscutível”.

[Notícia sugerida por Raquel Baêta]

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