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Proteína do sangue do cordão umbilical tem efeitos positivos na memória e capacidade de aprendizagem

Investigadores da Universidade de Stanford publicam resultados de estudo desenvolvido em modelo animal
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por redação

Um grupo de investigadores da Universidade de Stanford, nos EUA, identificou uma proteína, presente no plasma do sangue do cordão umbilical, capaz de melhorar a memória e a capacidade de aprendizagem. O estudo foi desenvolvido em ratinhos de idade avançada e os resultados acabam de ser publicados na revista Nature.

A investigação incidiu na comparação de três tipos de plasma distintos: plasma de sangue de indivíduos em idade avançada (61-82 anos), plasma de sangue de jovens adultos (19-24 anos) e plasma de sangue do cordão umbilical de recém-nascidos. Os investigadores observaram diferenças nas proteínas plasmáticas presentes nas diferentes faixas etárias. O objetivo do estudo foi identificar os possíveis fatores presentes no plasma de indivíduos jovens responsáveis pelos efeitos de melhoria ao nível da memória e aprendizagem.

Ao observar e comparar os três grupos, os investigadores identificaram uma proteína – a TIMP2 – capaz de alterar a atividade do hipocampo (região cerebral envolvida na memória e aprendizagem) em ratinhos em idade avançada. Os resultados deste estudo demonstraram que os animais que receberam TIMP2 tiveram uma performance superior nos testes de memória e aprendizagem comparativamente aos restantes.

“No sentido de determinar se o plasma humano teria a capacidade de provocar alterações no hipocampo de ratinhos, infundiram-se os animais imunocomprometidos, ou seja, que não desenvolvem reações adversas ao receberem plasma humano, a cada quatro dias, durante duas semanas com os três tipos de plasma. Os animais em idade avançada que receberam plasma do sangue do cordão umbilical registaram melhorias na capacidade de aprendizagem e memória. O plasma de indivíduos idosos não teve impacto nos testes de memória, enquanto que o plasma de jovens adultos produziu resultados intermédios. Estes resultados precisam de ser investigados de forma mais aprofundada, no entanto, abrem novas perspetivas para o futuro tratamento de problemas cognitivos relacionados com a idade”, explica Bruna Moreira, Investigadora no Departamento de I&D da Crioestaminal.

As alterações neuronais causadas pelo envelhecimento levam a um declínio cognitivo, que está presente em determinadas doenças neurológicas, tal como a doença de Alzheimer. O hipocampo, uma região responsável sobretudo pela memória espacial e pela formação de novas memórias, é muito afetado pelo envelhecimento, observando-se uma diminuição progressiva da memória com a idade.

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