“Quero fazer protocolos com associações de estudantes do Ensino Superior para motivar a criação de uma praxe de iniciação de doar sangue”, afirmou o responsável à agência Lusa, lamentando que a idade média dos dadores ronde os 50 anos.
O médico, especialista em Imunohemoterapia, aponta o exemplo da Associação de Dadores de Arraiolos, no Alentejo, vila onde 10% da população doa sangue anualmente e onde aos 18 anos os jovens o fazem como uma espécie de ritual de iniciação à idade adulta.
Tendo sucedido a Gabriel Olim na presidência do IPS no início deste mês, Álvaro Beleza manifestou a vontade de centralizar o processo de análise das amostras de sangue recolhidas e de concentrar as pequenas brigadas de recolha em grupos maiores, aumentando o número de dadores por brigadas.
Atualmente, são colhidas 400 mil unidades de sangue por ano em Portugal, quer no IPS, quer nos hospitais do país. Álvaro Beleza considera que estes níveis são satisfatórios, mas alerta para o aumento do consumo de sangue.
Quanto à polémica sobre a doação de sangue por homossexuais, o responsável considera que o importante é que os dadores tenham uma vida sexual “estável” e “com apenas um parceiro”. “Não me vou pronunciar sobre as opções individuais dos dadores”, disse à Lusa.
Antes de ocupar o cargo de presidente do IPS, o médico dirigia o Laboratório de Saúde Pública do Algarve e coordenava a rede regional de sangue do Algarve, tendo ainda antes dirigido o Serviço de Sangue do Hospital de Évora.
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