Ambiente

Portugal bate recorde de eletricidade renovável

Portugal atingiu, em 2014, o recorde do século de produção de eletricidade a partir de fontes renováveis. Esta produção foi responsável por 62,7% do total de energia elétrica consumida no país no ano transato, um aumento de 6% em relação a 2013.
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Portugal atingiu, em 2014, o recorde do século de produção de eletricidade a partir de fontes renováveis. Esta produção foi responsável por 62,7% do total de energia elétrica consumida no país no ano transato, um aumento de 6% em relação a 2013 que ajudou a evitar a emissão de milhões de toneladas de CO2.
 
A Quercus e a APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis analisaram os dados de produção de eletricidade em Portugal Continental, em 2014, publicados pela REN (Redes Energéticas Nacionais) em Janeiro de 2015, para mostrar “como o investimento em fontes de energia renovável é vital para a independência económica e energética do país”. 
 
De acordo com as duas associações, considerando apenas a produção nacional, a contribuição das renováveis cifrou-se no valor recorde de 63,8% e o crescimento desta produção possibilitou, também, a redução do valor de eletricidade importada para 1,8% do consumo, a percentagem mais baixa desde 2002.
 
Em comunicado, a Quercus e a APREN revelam que a produção de eletricidade de origem renovável permitiu, consequentemente, em 2014, a poupança de 1.500 milhões de euros na importação de combustíveis fosséis (gás natural e carvão) e de 65 milhões de euros em licenças de emissão de CO2.
 
Além disso, destacam as entidades na mesma nota de imprensa, foi possível evitar, no âmbito da produção de energia elétrica, a emissão de um total de 13 milhões de toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera.
 
 “Sem eletricidade renovável em Portugal, e partindo do princípio de que seria possível assegurar o consumo recorrendo somente à utilização de toda a capacidade instalada das centrais a carvão e de ciclo combinado a gás natural, as emissões atingiriam 26 milhões de toneladas de CO2”, o que corresponderia “ao dobro” do valor atual, cerca de 40% do total de emissões de gases de efeito de estufa de Portugal, lê-se no documento. 


Peso das diferentes fontes de produção de eletricidade em Portugal Continental em 2014 (Da esq. para a dir.: Renovável, Fóssil, Saldo Importador). © Quercus/APREN
 

António Sá da Costa, presidente da direção da APREN, afirma que 2014 foi um ano em que Portugal “beneficiou em ter apostado nos seus recursos renováveis para produzir eletricidade”.
 
“Além de se terem evitado importações de combustíveis fósseis e emissões de gases com efeito de estufa, o facto de quase 2/3 da eletricidade consumida ser de origem renovável possibilitou estabilizar o preço deste bem, o que também é positivo e apresenta um grau elevado de sustentabilidade”, salienta o responsável.
 
Já para Francisco Ferreira, membro do grupo de energia e alterações climáticas da Quercus, a continuidade da aposta “nas energias renováveis e na eficiência energética” é fundamental para permitir “a recuperação da economia sem onerar o ambiente”.
 
É, portanto, “preciso um investimento na sensibilização e um planeamento adequado do sector energético também em prol de uma desejável política climática exigente”, defende. 
 
Entre 2013 e 2014 verificou-se uma ligeira redução do consumo elétrico (na ordem dos 0,7%). O ano passado, em cada hora de consumo de eletricidade, 38 minutos tiveram origem em centrais renováveis e, destes, 14 foram produzidos pela energia eólica.

Notícia sugerida por Elsa Martins, Maria Pandina e Maria Nova

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