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Oficina da Psicologia: Calar-se ou deixar a tampa saltar

Nas relações pessoais - com a nossa família, amigos ou colegas de trabalho - é importante saber dialogar e expormos os nossos sentimentos.
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Nas relações pessoais – com a nossa família, amigos ou colegas de trabalho – é importante saber dialogar e expormos os nossos sentimentos. Entrar em rutura e discussões sistemáticas ou remetermo-nos a um silêncio permanente, guardando todas as emoções para nós próprios, são atitudes que devemos (e podemos) evitar.

por Francisco Gonçalves Ferreira (psicólogo e terapeuta familiar)
 
Pedro: Para de discutir!
Paula: Não estou a discutir, estou só a mostrar a minha opinião.
Pedro: Que estupidez, claro que estás a discutir. Estás sempre a discutir!
Paula: Mas porque é que é tão difícil ter uma discussão contigo?
Pedro: Estás a ver o que estou a dizer?
Paula: Aaahhhrrrrr!!!”
 
Este diálogo é-lhe familiar? De vez em quando sente que as interações familiares lhe fazem “saltar a tampa”? Gostaria de não terem de chegar a esse ponto?
 
Muitas vezes não temos consciência dos pequenos interruptores que vamos ligando ao longo de uma interação com alguém próximo. Identificar esses botões pode ajudar-nos a evitar explodir de forma repentina. E uma vez identificados, podemos começar a pensar de forma construtiva a nossa mudança e a desses momentos.
 
Podemos começar por pensar:
Qual é normalmente o comportamento ou a palavra do outro que me faz entrar em “sinal vermelho”?
Qual é o sentimento que tenho nesse momento e qual será o sentimento da outra pessoa quando me vê começar a explodir?
O que faz com que viver com esses sentimentos seja naquele momento uma tarefa tão assustadora?
 
O que se pode fazer?
Depois de colocar as perguntas anteriores, preveja a próxima vez que poderá explodir;
Pense o que pode fazer para evitar a explosão:
o Detete quando o “sinal” pode ficar “amarelo”;
o Tente encontrar uma justificação para passar de amarelo para vermelho;
o Planeie uma atividade que o possa distrair nesse momento;
Discuta os resultados da sua reflexão com a outra pessoa;
Peça-lhe ajuda para identificar, nas próximas vezes, o sinal amarelo, para poderem interromper nessa altura a discussão;
Pratique tudo isto o mais que conseguir.
 
Silêncio em vez de partilha

Por outro lado, há pessoas que em vez de discussões sistemáticas evitam confrontarem os seus sentimentos por sentirem que esse momento pode ser um acontecimento doloroso. 
 
O nosso passado de relações, dentro e fora da família, pode ter-nos transmitido a sensação de que o confronto é perigoso e de que o contacto com os sentimentos ou com as próprias necessidades deve permanecer silencioso, ou porque pode destruir outras pessoas ou porque pode destruir-nos a nós. 
 
A depressão crónica ou os sintomas psicossomáticos persistentes podem ser um preço a pagar nas pessoas que não conseguem “deixar-se ir” nem manifestar os seus sentimentos. É muito importante essas pessoas saberem que não estão sozinhas e que, com a ajuda de um técnico especializado, podem desenvolver ferramentas para se sentirem mais fortes e melhorarem as suas relações.

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