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O potencial do agroalimentar

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Pelas exigências do mercado e dos seus consumidores, o setor agroalimentar é, talvez, um dos mais profícuos no que toca a novos produtos, por vezes inesperados.

Na génese de todo este conhecimento e descobertas estão centros de I&D e de incubação e aceleração especializados, tanto em Portugal, como no estrangeiro.

Em 2015, em São Francisco (Estados Unidos), foi criado o IndieBio, uma aceleradora dedicada à biotecnologia para ajudar a transformar os cientistas em empresários. Alex Kopelyan, gestor do programa, ressalva que se está a viver um “momento único na história, com uma abundância de cientistas extremamente talentosos a nível académico que procuram fazer a diferença e descobrir novas maneiras de fazer as coisas”. Esta vontade, combinada com as novas tecnologias, que permitem fazer ciência de modo mais barato e rápido, gerou oportunidades incríveis para construir empresas de biotecnologia a uma velocidade e custo nunca possível anteriormente.

O responsável acrescenta que recrutam start-ups de todo o mundo e ajudam-nas com financiamento de 250 mil dólares, mentoria e espaço de coworking – ferramentas necessárias para as equipas obterem uma “ótima tração inicial, transformando ciência em produto, aumentando o capital investido e recebendo clientes”.

Na vertente alimentar, a IndieBio já deu o seu contributo na emergência de empresas como a Memphis Meats, que está a produzir carne real a partir de células animais. Ou seja, estão a “cultivar” carne limpa e já apresentaram o primeiro frango e pato do mundo sem a necessidade de alimentar animais, reproduzir e abatê-los. Com a mesma abordagem, a Clara Foods também nasceu na IndieBio. Sob o lema “funcionalidade desbloqueada”, a empresa está a produzir claras de ovo completamente livres de animais e, portanto, livres de salmonela e gripe aviária, evitando o desperdício agrícola e ambiental, combinando o gosto, o valor nutricional e as propriedades culinárias únicas das mesmas claras de ovos. Assim já pode ter os seus bolos sempre fofos e leves!

Apesar de terem apoiado start-ups mais ligadas à saúde, Alex Alex Kopelyan revela que em breve vão começar a lançar no nosso país a IndieBio, tendo já entrado em contacto com a Healthcare City para construir uma ponte sólida entre São Francisco e Portugal.

Com um ano de atividade, o AGRO-TECH Campus de Oeiras é o primeiro ecossistema de investigação e inovação dedicado inteiramente aos setores agroalimentar, veterinário e florestal. Criado pela iniciativa do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), do Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier (ITQB) da Universidade Nova de Lisboa, e do Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET), é o maior existente em Portugal neste domínio, integrando mais de 1000 investigadores dedicados inteiramente ao aumento da competitividade nacional e à capacidade exportadora das empresas portuguesas.

Sobre esta parceria, Nuno Canada, Presidente do INIAV, acredita que vem colmatar a “a falta de massa crítica e de escala em alguns domínios destes setores. Esta iniciativa âncora permitirá uma muito maior capacidade de resposta e acesso a projetos de grande dimensão, passando as três instituições desta forma a ter um peso muito maior do que quando trabalhavam de forma isolada”.

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