Mundo

Noruega: Alemão salvou mais de 20 jovens

NULL
Versão para impressão
Marcel Gleffe, um turista alemão que estava perto da ilha de Utoeya, Noruega quando ocorreu o massacre da passada sexta-feira, salvou mais de 20 jovens, resgatando-os do local com um barco alugado.

Gleffe preparava-se para visitar a ilha com sua família quando Anders Behring Breivik, abriu fogo sobre os jovens no acampamento.

Segundo explicaou Gleffe à revista alemã Der Spiegel, inicialmente muitos dos adolescentes temiam que ele fosse cúmplice de Breivik.

“Alguns gritavam: ‘Vai-te embora…Não te aproximes’.Outros perguntavam: ‘Vai-nos matar?'”, lembra Gleffe.

“Eles estavam por toda parte na água. Atirei coletes salva-vidas com uma corda presa e puxei-os a bordo, enquanto todos gritavam e choravam”, acrescenta.

O turista alemão que já é visto como um herói diz que agiu apenas por instinto e que numa situação como a que presenciou “não se tem medo, faz-se o que é preciso”.

“Eu sei a diferença entre fogo de artifício e tiros. Percebi imediatamente do que se tratava, e que não era uma brincadeira”, recorda Gleffe que diz ter reconhecido logo o som da arma automática.

“Vi dois jovens que nadavam para longe da ilha.Em seguida, granadas de fumo e várias explosões de arma automática”, acrescenta.

Através dos binóculos Gleffe pôde ver que havia mais gente na àgua  e fez pelo menos quatro viagens até receber instruções da polícia para parar, por motivos de segurança.

“Os jovens estavam bem. Apoiaram-se uns aos outros e foram organizados, disseram quem precisava de primeiros socorros e quem tinha de ir para o barco primeiro”, conta Gleffe que diz também que apesar de os jovens terem ficado “felizes por receber ajuda”, “não tinham a certeza em quem podiam confiar”.

Mais de 90 pessoas ficaram feridas no duplo atentado da autoria confessa de Breivik, e há ainda desaparecidos naquele que foi o pior ataque em solo norueguês desde a Segunda Guerra Mundial.

Breivik foi ontem a tribunal e, apesar ter pedido uma audiência pública, o pedido foi negado e todas as fases do julgamento decorrerão à porta fechada. Um golpe no plano global desenhado pelo terrorista de 32 anos, que se diz porta-voz de um movimento para eliminar os regimes multiculturais e “de ódio” da Europa: islamismo, comunismo e nacional-socialismo.

Milhares de pessoas reuniram-se ontem na catedral de Oslo em memória dos mortos e feridos nos ataques, numa cerimónia que durou cerca de 90 minutos. Os números atualizados pela polícia norueguesa contam 76 mortos.

Comentários

comentários

Etiquetas

PUB

Live Facebook

Correio do Leitor

Mais recentes

Passatempos

Subscreva a nossa Newsletter!

Receba notícias atualizadas no seu email!
* obrigatório

Pub

Este site utiliza cookies. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização. Saiba mais aqui.

The cookie settings on this website are set to "allow cookies" to give you the best browsing experience possible. If you continue to use this website without changing your cookie settings or you click "Accept" below then you are consenting to this.

Close