Ambiente

Mar: Robôs subaquáticos vão ajudar a reparar corais

U grupo de investigadores da Heriot-Watt University, na Escócia, está a trabalhar para reparar os recifes de coral através do desenvolvimento de um "bando" de robôs inteligentes, permitindo que voltem a crescer.
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Os recifes de coral que se escondem nos recantos profundos dos nossos oceanos estão cada vez mais ameaçados. Porém, um grupo de investigadores da Heriot-Watt University, na Escócia, está a trabalhar para contrariar esta realidade através do desenvolvimento de um “bando” de robôs inteligentes capazes de os reparar, permitindo que voltem a crescer.
 
A ideia foi inspirada pelo comportamento e trabalho coletivo de vários grupos de animais, como as abelhas, as vespas e as térmitas, que se unem para a construção de estruturas complexas. O objetivo é que a equipa de robôs, os “coralbots”, trabalhando, cada um, de acordo com diretivas simples, consiga voltar a juntar os fragmentos soltos de coral, reparando-os.
 
Nas águas profundas da Escócia ocorrem várias espécies de coral remelhantes às que se encontram nos trópicos, que fornecem um “lar” para milhares de outros animais, como peixes e tubarões. No entanto, a pesca tem danificando em muito estas estruturas, que, por vezes, sobrevivem, mas levam centenas de anos a recuperar.
 
Atualmente, a reparação dos corais tem sido levada a cabo por mergulhadores voluntários, que voltam a encaixar os pedaços de coral arrancados no seu lugar, mas o método apresenta muitas limitações, visto que os seres humanos não podem passar períodos muito longos debaixo de água e alcançar profundidades acima dos 200 metros, onde crescem algumas espécies.

“Coralbots” são uma “solução inovadora”
 

Por este motivo, os “coralbots”, parte de um projeto coordenado por Lea-Anne Henry, da Faculdade de Ciências da Vida da universidade escocesa, em parceria com David Corne, Neil Robertson e David Lane, surgem como uma “solução inovadora” para restaurar a função dos corais.
 
O sistema inclui vários robôs individuais de pequenas dimensões, que seguem uma série de regras básicas, procurando os fragmentos e recolocando-os no coral, sendo, primeiro, treinados por computador para os reconhecerem e não os confundirem com pedras ou criaturas marinhas.

Além disso, caso um dos robôs seja danificado, os outros continuarão a ter capacidade de completar as suas próprias tarefas, e a reparação do coral poderá ser concluída num período que vai de alguns dias a algumas semanas, ao contrário dos longos anos que normalmente são necessários.
 

“Este projeto explora um dos mais interessantes elementos da inteligência coletiva da natureza, onde conjuntos de indivíduos autónomos colaboram” para um objetivo comum, explica David Corne, em comunicado divulgado pela universidade.
 
“O que mais nos entusiasma neste projeto é que nos oferece o potencial de restaurar a função dos corais por todo o mundo, que nos oferecem benefícios a todos, de uma ou de outra forma”, conclui o investigador.
 
Os corais têm um papel importantíssimo na economia da Escócia, contribuindo para a manutenção dos stocks pesqueiros, a proteção costeira e as receitas turísticas e correspondendo a ganhos de cerca de 40 milhões de libras (aproximadamente 50 milhões de euros).  

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