Ciência

Lourinhã: Novos fósseis confirmam dinossauro raro

Na Lourinhã, uma equipa de investigadores portugueses e espanhóis voltaram a encontrar vestígios da existência de uma espécie rara de dinossauro na Europa. Trata-se do carnívoro ceratossauro, com 140 milhões de anos, e cujo comprimento podia atingir
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Na Lourinhã, uma equipa de investigadores portugueses e espanhóis voltaram a encontrar vestígios da existência de uma espécie rara de dinossauro na Europa. Trata-se do carnívoro ceratossauro, com 140 milhões de anos, e cujo comprimento podia atingir os sete metros. 
 
Os fósseis analisados correspondem a achados de há já 16 anos, mas que só agoram foram identificados pelos cientistas. Pertencem à pata direita deste carnívoro terópode, bípede e de grande porte, e representam o “exemplar mais completo que há daquela espécie em Portugal e na Europa”. 
 
Segundo Elisabete Malafaia, da Universidade de Lisboa, além deste, são apenas conhecidos “alguns dentes isolados”. Agora, o estudo de comparação e medição dos ossos encontrados pelo Museu da Lourinhã, onde existem dentes e fósseis de uma pata esquerda de ceratossauro, permitiu aos especialistas concluir que “os novos fósseis provêm da mesma jazida” e pertencem ao mesmo animal.
 
O principal indicador desse facto foi a existência de uma crista nas articulações das patas, característica única até agora conhecida e atribuída àquele género, bem como  a localização e a raridade de ambos os achados.
Com isto, o conjunto de fósseis deste animal existente em Portugal torna-se o mais completo registo do género existente fora da América do Norte, onde este já se encontrava identificado desde o ano 2000.
 
A investigação vem ainda contribuir para o estudo de como a abertura do Atlântico Norte e a separação dos continentes europeu e americano contribuíram para a evolução das faunas. “Com base no material que temos do ceratossauro, não conseguimos diferenciá-lo das formas norte-americanas, pelo que consideramos que é o mesmo género. Embora nessa altura já houvesse separação dos continentes, há sinais de que o contacto entre faunas seria muito próximo”, conclui a responsável.
 
O achado agora analisado foi feito em 1998 na praia de Valmitão, no concelho da Lourinhã, por José Joaquim dos Santos, um cidadão de Torres Vedras que, nos seus tempos livres de carpinteiro, se ocupa a encontrar achados de dinossauro e outros animais nas arribas.
 
O estudo, agora publicado na revista Historial Biology, é subscrito por Elisabete Malafaia em conjunto com o português Bruno Silva e com os espanhóis, Francisco Ortega e Fernando Escasso, da Universidade Nacional de Educação à Distância, de Madrid.

Notícia sugerida por Maria Pandina

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