Sociedade

Lisboa: Furto de azulejos baixou sete vezes

O furto de azulejos na região de Lisboa baixou sete vezes desde o início do projeto SOS Azulejo da Polícia Judiciária, há cerca de cinco anos. No final de Maio, o projeto atribuiu os seus prémios anuais, onde foi distinguida, ainda em vida, a artista
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O furto de azulejos na região de Lisboa baixou sete vezes desde o início do projeto SOS Azulejo da Polícia Judiciária, há cerca de cinco anos. No final de Maio, o projeto atribuiu os seus prémios anuais, na área do azulejo, onde foi distinguida, poucos dias antes de falecer, a artista Maria Keil com o galardão 'Obra de Vida'.

A mentora e coordenadora da iniciativa da Polícia Judiciária revelou à agência Lusa que “há uma era antes e uma era pós” o SOS Azulejo. “A partir do momento em que se iniciou o projeto, em 2007/2008, deu-se um decréscimo muito grande: há sete vezes menos furtos do que anteriormente”, disse a responsável.

Segundo Leonor Sá, as queixas centram-se na região de Lisboa e, embora a coordenadora não faça uma relação direta entre o projeto e a diminuição das ocorrências, os dados são “muito encorajadores” pois “mostram que estamos no caminho certo, a fazer mossa nos amigos do alheio”.

Azulejos furtados são divulgados na internet

Um dos fatores de principal dissuasão, terá sido o facto da SOS Azulejo ter passado divulgar publicamente, na internet, as imagens dos azulejos furtados. As imagens podem ser encontradas no site do projeto e na sua página do Facebook.

No final de Maio, o projeto, em parceria com outras entidades, atribuiu os seus prémios anuais que têm como principal objetivo reconhecer projetos, indivíduos, e parcerias que tem ajudado a promover e preservar o azulejo português.

O SOS Azulejo atribuiu prémios a projetos de investigação, a iniciativas das câmaras municipais de Aveiro e do Montijo, assim como à obra de Catarina e Rita de Almada Negreiros feita para a Estação Fluvial Sul/Sueste, em Lisboa. Além destes, foram distinguidos, fora de concurso, Feliciano David, Isabel Almasqué e Barros Veloso.

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[Legenda: Maria Keil e Eduardo Nery]

Maria Keil premiada poucos dias antes de falecer

O prémio 'Obra de Vida' – também extra-concurso – foi atribuído a Maria Keil, que poucos dias depois, a 10 de Junho, viria a falecer em Lisboa, com 97 anos. A artista considerava-se uma mulher de várias artes mas notabilizou-se na azulejaria.

Das suas obras na área do azulejo, destaca-se a decoração de todas as estações do Metropolitano de Lisboa inaugurado em finais de 1959. Em 2009 voltou a trabalhar no Metropolitano, desta vez com o arquiteto Tiago Henriques, na extensão da estação de S. Sebastião da Pedreira, para a qual fizera os primeiros painéis, em 1959.

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