Saúde

Leucemia: Portugueses lideram nova descoberta

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Investigadores portugueses do Instituto de Medicina Molecular (IMM) lideraram um estudo que fez novas descobertas na área da leucemia linfoblástica aguda infantil, um cancro do sangue que atinge sobretudo crianças entre os dois e os quatro anos. Os cientistas encontraram um conjunto de mutações genéticas que pode ajudar no tratamento da doença.

Em comunicado, o IMM explicou que este é um estudo de “investigação básica com potencial aplicação clínica, realizada em laboratório a partir de amostras de doentes”.

O estudo, coordenado e desenvolvido em Portugal na Unidade de Biologia do Cancro do IMM, teve a colaboração de equipas sedeadas em vários países e foi publicado na “Nature Genetics”.

A leucemia linfoblástica aguda de células T é um cancro do sangue especialmente frequente em crianças, que se caracteriza por um aumento descontrolado do número de linfócitos T (glóbulos brancos, células específicas do sistema imunitário).

Neste artigo, os investigadores identificaram um conjunto de mutações até agora desconhecido (que aparecem em cerca de 9% dos doentes com leucemia estudados) que são uma causa inédita para o crescimento tumoral nos casos de leucemia linfoblástica aguda de células T.

Aplicação terapêutica

Segundo o comunicado do IMM, os cientistas “foram mais longe e identificaram também um conjunto de fármacos que pode ser eficaz na eliminação do efeito dessas mutações levando à morte das células que as possuem, conferindo uma potencial aplicação terapêutica futura a esta descoberta”.

Os investigadores verificaram que este tipo de fármacos, já testados noutras doenças como artrite reumatoide, consegue impedir o crescimento das células mutadas e levar à sua eliminação.

A identificação e compreensão do efeito de cada mutação encontrada em doentes com leucemia é particularmente importante, porque ajuda a desenvolver terapias capazes direcionadas especificamente a cada “subtipo” de tumor (dependendo das mutações a ele associadas).

“Embora, felizmente, a leucemia linfoblástica aguda infantil seja dos cancros com maior sucesso terapêutico, estas observações dão-nos a esperança de poder vir aumentar ainda mais a eficácia e seletividade dos tratamentos atualmente existentes”, disse, em comunicado, João T. Barata, coordenador do estudo.

[Notícia sugerida por Teresa Teixeira, Maria Manuela Mendes, Ana Guerreiro Pereira, Carla Cunha e Raquel Baêta]

Clique AQUI para aceder à introdução do estudo.

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