Saúde

“Kit” português pode ajudar contra infeções hospitalares

Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) tem em fase de protótipo um "kit" descartável capaz de identificar e distinguir as três espécies de fungos mais commumente responsáveis pelas infeções hospitalares.
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Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) tem em fase de protótipo um “kit” descartável capaz de identificar e distinguir as três espécies de fungos mais commumente responsáveis pelas infeções hospitalares, permitindo um diagnóstico mais rápido e um tratamento mais eficaz.
 
Em comunicado enviado ao Boas Notícias, a UC explica que este “kit” descartável identifica três espécies de levedura do grupo parapsilosis: “candida parapsilosis”, “candida metapsilosis” e “candida orthopsilosis”, que causam uma elevada percentagem de infeções fúngicas em ambiente hospitalar. 
 
Segundo os investigadores, estas leveduras, principalmente a “candida parapsilosis”, são patogénicas oportunistas, ou seja, infetam doentes muito debilitados, como, por exemplo, aqueles que estão internados em unidades de cuidados intensivos ou imunodeprimidos, e provocam infeções sistémicas, que afetam todo o organismo. 

Até aqui, identificar e discriminar estes agentes de doença implicava um longo e laborioso processo de estudo do ADN, mas, graças ao “kit” português Psilochrome, desenvolvido nos últimos dois anos por uma equipa liderada por pela cientista Teresa Gonçalves (à direita), esta realidade pode mudar.

A solução, cuja criação foi coordenada pela investigadora da Faculdade de Medicina e do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC, vai tornar possível aumentar a rapidez do diagnóstico e o rigor da informação obtida, desvenda a universidade.

 
Isto porque o “kit”, constituído por dois meios diferenciadores, um dos quais cromogénico (indicador de cor), consegue, através de um algoritmo simples, determinar a espécie de levedura infetante num período máximo de 72 horas.

Ferramenta essencial para controlo de infeções nos hospitais

 
Tendo em conta que estas leveduras causam “cerca de 25% das infeções fúngicas generalizadas em doentes imunodeprimidos, com uma elevada taxa de mortalidade associada”, esta ferramenta é “essencial” para o diagnóstico clínico e para o controlo desta ameaça nos hospitais.
 
“A rápida e correta identificação de espécies envolvidas na infeção fúngica são muito importantes para auxiliar o médico na prescrição do tratamento mais eficaz”, afirma Teresa Gonçalves, acrescentando que esta tecnologia, de custo reduzido, vai estar pronta a entrar no circuito comercial dentro de seis meses e aguarda o interesse da indústria.
 
A investigação foi financiada pelo ProtoTransfer – iniciativa desenvolvida no âmbito do projeto transfronteiriço INESPO II, um programa dirigido a professores, estudantes, doutorandos, docentes e bolseiros de investigação e que aposta em atividades de transferência de conhecimento.

Esta aposta é feita mediante a materialização e desenvolvimento de um protótipo para a obtenção de um produto ou processo com possibilidades de ser inserido no mercado.

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