Portugal Excelência

Jardins verticais portugueses criam raízes lá fora

Do chão para as paredes. Parece impossível, mas a verdade é que a agricultura e a jardinagem já não precisam de terra para ter um lugar na nossa casa. São cada vez mais os adeptos destas culturas verticais que crescem nas paredes das nossas casas.
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Parece impossível, mas a verdade é que a agricultura e a jardinagem já não precisam de terra para ter um lugar na nossa casa. São cada vez mais os adeptos destas culturas verticais que crescem nas paredes. A ideia é portuguesa e não para de dar cartas lá fora. 

por Margarida Cruz
 

Tudo começou em 2007, quando uma empresa de produtos alimentares se viu obrigada a mudar de estratégia para vingar no mercado. “Começámos a nossa atividade na parte agrícola e quisemos, desde logo, começar a produzir de maneira mais competitiva, pelo que criámos novas forma de cultivo – na vertical”, conta António Rodrigues, ao Boas Notícias.


“Na altura, apostámos na produção de morangos, pimentos, alfaces, etc. Ou seja, só produtos que permitam a apanha à mão. No entanto, neste negócio há uma grande dependência da distribuição e o mercado está nas mãos das grandes superfícies. Não era um caminho a seguir…”, admite.

 
Foi então que começaram a pensar em alternativas: “Lembrámo-nos de que a nossa ideia era uma boa aposta para os grandes centros urbanos, onde as pessoas vivem rodeadas de betão e longe dos prazeres da terra. Então, fizemos um estudo e decidimos arriscar”.
 
E assim nasceu um projeto ecológico revolucionário: um sistema modelado de plantação, em pilha, que permite o cultivo de plantas na vertical, quer no interior quer no exterior das casas. 

“Há um grande problema de espaço nas grandes cidades e as pessoas estão cada vez mais desligadas do verde e da ruralidade. Perdeu-se completamente o contacto com as plantas! O objetivo do Minigarden é oferecer às pessoas a possibilidade de criarem espaços verdes domésticos, aproveitando ao máximo o espaço da casa, incluindo as paredes e os cantos”, explica António Rodrigues.

Uma aposta com a excelência do toque 'gourmet'

 
Com a forma de uma estrutura, em plástico, que se assemelha a uma parede repleta de pequenos vasos, o Minigarden permite o cultivo de todo o tipo de plantas decorativas, ervas aromáticas e vegetais.

“Há uma forte componente gourmet associada ao nosso produto. As pessoas podem cultivar os seus chás, ter os seus próprios temperos e dar um toque pessoal às refeições que preparam. É totalmente diferente ir ao nosso Minigarden e apanhar um bocadinho de manjericão ou de cebolinho para condimentar os nossos pratos, ou colher uns morangos para a sobremesa”, defende.

Prova viva desta vertente de excelência alimentar é Chackall, o chef argentino que conta já com duas instalações de Minigarden vertical. “Tenho uma no meu restaurante em Lisboa e outra em casa, com todo o tipo de ervas aromáticas: erva-príncipe, salsa, coentros, erva-cidreira, entre outros”, revela o chef numa entrevista publicada no site do Minigarden.

Tecnologia inovadora e sucesso garantido
 

Mas ter produtos caseiros e culturas que crescem para o céu não foram suficientes para António Rodrigues. Para marcar a diferença e vingar no mercado internacional, o português quis ir mais além e desenvolveu um sistema de rega capaz de controlar a água e de melhorar a nutrição das plantas.
 
A tecnologia de drenagem planta a planta não permite o excesso de água e impede a propagação de doenças entre culturas, dando uma nova garantia à saúde e vigor das plantas e aumentando a probabilidade de sucesso das plantações.
 
Além disso, em vez da terra, os contentores de plantas são preenchidos com uma mistura de substratos e de matérias orgânicas, que oferecem uma maior nutrição às plantas cultivadas. “Usamos casca de coco, turfas e outros componentes orgânicos, mais sustentáveis”, avança ao Boas Notícias.

Produto 100% português e com raízes em todo o mundo
 

A ideia, 100% nacional e com valor sustentável, está a criar raízes nos quatro cantos do mundo. A estrutura verde do Mingarden faz-se notar em vários dos grandes centros urbanos do planeta, sendo que as exportações correspondem já a 85% da produção. 
 
Europa, Sudoeste Asiático e América Latina são clientes assíduos na agenda de António. Em Hong Kong, por exemplo, na China, quem visitar o Sha Tin Park, um dos maiores jardins da cidade, pode ver um muro de sete metros de altura repleto de Minigarden. Quem for ao Dubai, é também provável que se depare com hotéis de cinco estrelas com paredes decoradas de alto a baixo pela empresa portuguesa. 
 
Ao lado de sete pessoas, há sete anos, António e a equipa trabalham todos os dias para a realização de um sonho: uma “Urban Green Revolution” à escala mundial, mas que começa aqui, em Portugal. 

Clique AQUI para saber tudo sobre o projeto Minigarden.

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