Sociedade

Farmville da vida real chega à zona de Lisboa

O projeto "MyFarm", que permite gerir hortas reais através da internet, inaugurou em 2012, em Beja, e superou as expectativas dos fundadores. Agora, o "MyFarm" vai chegar a Lisboa e, em breve, poderá ser alargado a outras zonas do país.
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O projeto ‘MyFarm’, que permite gerir hortas reais através da internet, inaugurou em 2012, em Beja, e superou todas as expectativas dos fundadores. Agora, o ‘MyFarm’ vai chegar à região de Lisboa e deverá, a médio prazo, ser alargado a outras zonas do país. 

por Patrícia Maia

 
Desenvolvido por um professor e alunos do Instituto Politécnico de Beja (IPB), o MyFarm leva o conceito da aplicação Farmville, muito popular no Facebook, um pouco mais longe. Através do pagamento de uma renda mensal, os utilizadores podem gerir hortas reais, tomando, através do computador, decisões quanto ao tipo de plantações, de tratamentos e épocas de colheita.

A grande vantagem, perante o famoso jogo virtual, é que nesta versão os utilizadores colhem, literalmente, aquilo que semeiam. Na plataforma, cabe ao 'dono' da terra escolher, através de um menú, a quantidade de terreno que quer cultivar e o tipo de culturas que quer plantar, entre outras atividades.
 

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O projeto-piloto distribuiu 20 parcelas de 49 metros quadrados, localizadas em terrenos do próprio Instituto Politécnico de Beja (que, este Outono, serão transferidos para terrenos da Cerci Beja para dar descanso às terras). Alice Teixeira, uma das responsáveis do MyFarm, disse ao Boas Notícias que “as expectativas desta fase foram superadas a todos os níveis”.
 
Perante os bons resultados, o projeto acaba de ver aprovada a sua candidatura ao PRODER, no valor de 170 mil euros, ao qual acresce um financiamento do programa Valorizar, de 20 mil euros. Estes apoios vão permitir a ampliação do MyFarm, já em Outubro, à zona de Sintra sendo que estão, neste momento, a ser contactados parceiros para outras zonas da Grande Lisboa. 

16 polos em vários pontos do país
 

Quem quiser já pode fazer uma pré-inscrição para as hortas de Sintra através do site do MyFarm. A ordem de inscrição bem como a proximidade do terreno são alguns dos critérios de seleção, pelo que é aconselhável fazer o registo o quanto antes.
 


Alice Teixeira explica que, embora não seja condição obrigatória, “o ideal é ter utilizadores que se encontrem a um raio de 25 quilómetros” do terreno já que, apesar das hortas serem geridas pela internet, os “donos” são incentivados a visitar, com alguma regularidade, a sua terra, “nem que seja para irem buscar as colheitas”. 

A médio prazo, o projeto deverá ampliar-se ainda mais. “No total, com este financiamento, o objetivo é criar 12 polos do MyFarm, sobretudo na região da grande Lisboa, mas também noutros pontos urbanos do país e até, mais tarde, no interior”, conta Alice Teixeira.

 
Ainda neste processo de crescimento, o MyFarm pretende, no futuro, inaugurar uma outra valência, criando hortas sociais “cujos produtos irão reverter para instituições como o Banco Alimentar Contra a Fome, e que poderão ser financiadas por empresas no âmbito na sua responsabilidade social”. 

Bem gerir para poupar

 
Embora a gestão seja virtual, o usufruto da horta é bem real: os frutos e legumes são colhidos uma vez por semana. Os proprietários podem optar por levantar os produtos no terreno, a custo zero, ou então comprar pontos extra para os recolherem numa das zonas de distribuição do MyFarm. Podem ainda, mais uma vez mediante a aquisição de pontos, solicitar que os produtos sejam entregues ao domicílio.
 
A despesa mínima mensal para gerir as quintas da região de Lisboa será de 300 pontos (equivalente a 30 euros já que cada ponto vale 10 cêntimos) o que garante o aluguer do espaço e o contacto permanente via Web e também presencial, durante as visitas à horta, com um gestor de cliente que oferece assistência técnica e aconselhamento, implementando, na horta, as decisões tomadas pelo proprietário.
 

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Para além da mensalidade, é necessário um investimento inicial único de 1000 pontos (100 euros) para preparar o terreno (estrumação, compra e instalação do sistema de rega, entre outras medidas necessárias). Outros serviços implementados na horta, como a plantação e a sementeira, também são realizados mediante a aquisição de pontos.
 
A horta pode ser acompanha, todo o ano, através de uma webcam mas Ana Teixeira salienta que “quanto mais os utilizadores participarem na horta – ajudando na altura de cultivar, na rega ou na época das colheitas – menos pontos gastam e mais dinheiro poupam, sendo que podem mesmo ganhar pontos pelo trabalho feito no terreno”. 

Se gosta de legumes frescos mas vive longe da terra e o seu dia-a-dia o obriga a estar em frente ao computador, esta poderá ser a solução ideal. Até porque, como explica a responsável, o MyFarm “aposta na contratação de agricultores locais para gerirem as parcelas”. Ou seja, além se divertir, aprender e colher, o utilizador MyFarm ajuda a contribuir para o fortalecimento dos pequenos agricultores. 

Clique AQUI para aceder ao site MyFarm, AQUI para visitar o Facebook e AQUI para testar uma demonstração do projeto.

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