Ambiente

Estradas: Proposta lusa quer evitar morte de animais

Um grupo de investigadores portugueses propõe pequenas alterações nas estradas com o objetivo de evitar a elevada taxa de mortalidade de determinadas espécies, como corujas ou fuinhas, ao colidirem com os veículos.
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Um grupo de investigadores portugueses propõe pequenas alterações nas estradas com o objetivo de evitar a elevada taxa de mortalidade de determinadas espécies, como corujas ou fuinhas, ao colidirem com os veículos. A proposta pretende também garantir uma maior segurança rodoviária para os condutores.
 
Há muito tempo que uma equipa de biólogos do Centro de Biologia Ambiental da Universidade de Lisboa tem, em colaboração com a BRISA e o Instituto de Estradas de Portugal, estudado os efeitos das estradas na fauna.
 
No âmbito deste estudo, os especialistas desenvolveram um trabalho para publicação na revista científica norte-americana PLoS One para analisar o comportamento da coruja das torres e da fuinha, uma ave e um mamífero que são das espécies mais atingidas pelos acidentes nas estradas, para compreender como evitar o elevado número de mortes.
 
“Neste trabalho tentamos perceber como se comportam [os animais], relativamente à estrada, para podermos ver quais as medidas mais adequadas para minimizar a mortalidade por atropelamento”, explicou a investigadora Clara Grilo.
 
Para o fazer, os cientistas colocaram emissores nas corujas e fuinhas, seguindo os seus movimentos durante vários dias, e perceberam que estes “não evitam as estradas e têm tendência a ser atraídos para as bermas, quando estas têm vegetação que lhes confere proteção e onde há maior disponibilidade de alimento, como roedores”, revelou.
 
Como tal, o grupo de biólogos portugueses sugere a introdução de ligeiras mudanças como a elevação das bermas a três ou quatro metros e o corte da vegetação. Além de ajudar na conservação das espécies, afirmam os investigadores, estas medidas poderiam melhorar a segurança rodoviária, já que o aparecimento repentino de um animal na estrada pode provocar acidentes com consequências para os ocupantes do veículo”. 
 
Entre as espécies mais vulneráveis ao tráfego rodoviário estão a raposa, o texugo ou a fuinha, que têm de atravessar a estrada para patrulhar o seu território em busca de alimento ou de parceiro, e as aves de rapina noturnas, como corujas, que, devido ao facto de voarem relativamente baixo, correm maior risco de colidir com automóveis.

Clique AQUI para aceder ao estudo publicado na PLoS One.

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