Sociedade

Edifício comunitário nasce na Mouraria

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Dentro de nove meses, vai nascer na Mouraria o Edifício Manifesto, a futura Casa Comunitária do bairro, onde a população vai ter acesso a diversos serviços e equipamentos. O projeto é da Associação Renovar a Mouraria e tem como mote a reabilitação de prédios danificados no centro histórico de Lisboa, provando que reabilitar é mais barato que construir de raiz.

“Uma espécie de acupuntura urbana”, é assim que a associação define o projeto que está a ser desenvolvido em articulação com a ARTÉRIA, atelier de arquitetura independente. O edifício está localizado no Beco do Rosendo, nº8, na freguesia de S. Cristovão S. Lourenço.

Este será o primeiro edifício do género, mas Filipa Bolotinha, da associação, contou ao Boas Notícias que “tendo em conta que este projeto se trata de um equipamento coletivo, poderá, como passo seguinte, ser aplicado a um edifício com uso habitacional”.

A escolha do local não foi feira por acaso, já que o olhar do Edifício Manifesto se centra sobretudo nas “moradas que conformam as ruas íngremes da cidade histórica, património único e singular que nos compete preservar. Intervir nestes edifícios é uma urgência”, explica a organização. Estes são edifícios normalmente menos apetecíveis para os agentes imobiliários devido à sua tipologia e localização.

Obra será filmada para posterior documentário

A obra irá decorrer ao longo de 36 semanas e durante esse tempo vai estar em funcionamento o Serviço Educativo – EME – com a finalidade de levar a população local a participar no processo de reabilitação do bairro.

“O Manifesto perdurará no tempo porque o edifício vai ser um espaço aberto à população da Mouraria e da cidade, com programação cultural permanente, cafetaria, espaço multifunções para aulas, cursos e workshops variados, consultório de auxilio à população em tarefas como entregar IRS, fazer uma candidatura de emprego, resolver um problema jurídico ou até mesmo do foro arquitetónico e de obra”, explica o comunicado oficial do projeto.

Lutar contra a ideia de que a demolição com manutenção de fachadas é mais barata que a reabilitação é outro dos objetivos do Manifesto. A intervenção vai ser feita nos pontos mais sensíveis, mantendo o existente sempre que possível.

Com vista a avaliar os danos ambientais da obra, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT/UNL) vai levar a cabo um processo de identificação e quantificação da energia e materiais utilizados, resíduos e emissões de CO2.

Este Manifesto vai permanecer no tempo, já que toda a obra será filmada para um documentário feito em parceria com a escola de artes Ar.co.

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