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E se o seu colega do lado fosse um robot?

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Por José Oliveira, CEO BI4ALL

Já imaginou um dia trabalharmos lado a lado com robots? Seria tal e qual um colega humano. Faria exatamente as mesmas coisas. Mas, será que conseguiríamos relacionarmo-nos da mesma forma que com uma pessoa? Teríamos, por exemplo, de o integrar e ensinar as rotinas da empresa? Atualmente, este é um dos temas mais debatidos, bem como uma das maiores preocupações da sociedade.

Numa Era definida pela evolução constante da tecnologia, a robótica e a inteligência artificial têm percorrido um longo caminho, num curto espaço de tempo. No entanto, a existência de robots a exercer funções humanas não vem de hoje, desde 1961, que eles existem programados para elaborar tarefas repetitivas, com o objetivo de tornar as nossas vidas menos complicadas.

No entanto, não é fácil antever a forma como os avanços da inteligência artificial vão mudar a forma como nos relacionamos e interagimos em sociedade. A inteligência artificial está, cada vez mais, presente no nosso quotidiano e, exemplo disso, são as inúmeras aplicações que já utilizamos no nosso dia-a-dia, através dos nossos smartphones, como a Siri ou Alexa. Ou até mesmo a nível da indústria automóvel, com o desenvolvimento de veículos autónomos, que têm por base sofisticados cálculos alicerçados nos sistemas de redes neuronais e que, na sua essência, inspiram-se na forma como o cérebro humano se articula e processa a informação para reconhecer, interpretar e resolver os diferentes problemas com que se depara.

Desta forma, é fácil perceber as vantagens e o poder dos auxiliares que temos ao nosso dispor para nos ajudar a realizar tarefas e a tomar decisões mais sustentadas e mais rápidas. No entanto, a grande questão aqui presente incide sobre qual será o papel do ser humano e da máquina neste futuro próximo?

Segundo o Fórum Económico Mundial, serão eliminados cerca de 7,1 milhões de postos de trabalhos e a automação e a robótica colocarão mais de 10 milhões de empregos em risco nos próximos 10 anos, refere a CEB Insights. Em contrapartida, e com uma visão bastante mais positiva, a Randstad defende que irão surgir, nos próximos cinco anos, 1,25 milhões de novos postos de trabalho criados em áreas, essencialmente, de TI, bem como 82% dos executivos antecipam que, até 2030, homens e máquinas deverão fazer parte das mesmas equipas.

E de facto isso já começa a acontecer. Da medicina à advocacia, sem esquecer as forças de segurança, já há robôs a trabalhar lado a lado com humanos. Podem realizar operações cirúrgicas, construir carros, mover ações em armazéns, hotéis e até mesmo servir bebidas. E podem fazê-lo de forma rápida e eficiente. Exemplos não faltam: no Dubai, há o Reem, o robot polícia que trabalha lado a lado com as forças de segurança, o Ross e o Donotpay que são robots -advogado, o Watson, um robot criado para fazer evoluir a medicina e, quer na China, no jornal o Southern Metropolis Daily, quer na Bloomberg, nos EUA, já existem robots-repórteres para escreverem determinadas notícias. Não esquecendo, obviamente, o robot Sophia, o primeiro robot a ser concedido cidadania, por parte do Governo da Arábia Saudita e também o Einstein. Este tal como a Sophia são robots que já se assemelham a um ser humano.

De facto, a inteligência artificial está a chegar, ou podemos mesmo dizer que já chegou, às organizações e espera-se que evolua, significativamente. Com ela, está também o mundo a mudar, tal como o conhecemos nos dias de hoje.

Mas… será que estão os robots a roubar os empregos? Não. Até pelo contrário, estes têm e continuarão a ter o poder de auxiliar os colaboradores, independentemente do setor em questão.

Por outro lado, também nunca será possível substituir um ser humano por um robot, uma vez que existem capacidades que estes nunca conseguiram aprender, nomeadamente, a do raciocínio crítico, da criatividade e da capacidade de pensar além de um algoritmo. Estas são características que ainda não conseguimos incorporar num robot.

Assim, o futuro não será nem robot nem humano, mas sim antes uma forma de se evoluir e tirar o melhor proveito e complemento da tecnologia e de todos os seres humanos.

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