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Mochilas recicladas fornecem luz para estudar
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por Nuno Silva e Pinto

A Rethaka vende mochilas para crianças de escola com a particularidade de serem feitas de sacos de plástico reciclado e são equipadas com um carregador alimentado por energia solar. Estes carregadores fornecem luz para as crianças que não têm eletricidade em casa. A ideia surgiu de uma jovem, Thato Kgatlhanye, de 22 anos, que fundou a empresa e desenvolveu o produto, chamado Repurpose Schoolbags, enquanto frequentava uma universidade em Johannessburg, na África do Sul.

Kgatlhanye começou a perceber que todas as crianças da escola usavam sacos de plástico para carregar os livros e teve uma ideia: descobrir uma maneira de transformar o material num têxtil e, em seguida, costurar o tecido em mochilas. Demorou o seu tempo e foi um pouco à base da tentativa/erro mas, finalmente, ela e a sua equipa produziram algo que se encaixava no que pretendiam.

A universitária lembrou-se das histórias que a mãe lhe contava sobre como foi crescer com uma vela que tinha de durar uma semana e, caso se queimasse toda antes, não podia estudar à noite porque não teria luz. Num país onde muitas pessoas ainda vivem sem eletricidade, Kgatlhanye percebeu que talvez pudesse fazer algo para mudar essa realidade. Então, pensou que se colocasse um painel solar na mochila este poderia ser carregado enquanto as crianças estavam a caminhar para a escola e posteriormente usado para fornecer luz à noite.

A ideia saiu do papel para a prática e, depois de conseguir o dinheiro necessário, Kgatlhanye pôs mãos à obra. Encontrou um pequeno fornecedor local de painéis solares. Ao trabalhar na fábrica inventou uma maneira de colocar o carregador num bolso da mochila, aberto de forma intencional para receber a luz solar. Desta forma, quando as crianças chegam a casa podem remover o carregador, anexá-lo a uma lanterna e ter acesso a cerca de seis horas de luz. Para se certificar de que o produto é utilizado para os fins previstos, não há portas USB que poderiam ser usadas para carregar um telemóvel. Kgatlhanye trabalhou também com estudantes de design industrial e com um designer de produtos industriais para conseguir fazer as mochilas o mais resistentes e duradouras quanto possível.

Os estudantes do secundário oferecem-se para campanhas de angariação de sacos plásticos para serem reciclados e passarem a ser mochilas. Membros da equipa visitam, também, aterros regularmente, para conseguirem mais plástico.

Os sócios corporativos da empresa são os que compram as mochilas e as decidem oferecer a uma determinada escola, caso contrário, a própria empresa pesquisa sobre um local que necessite deste tipo de ajuda.

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