Ciência

Descoberto o maior exoplaneta que orbita duas estrelas

Foi descoberto o maior exoplaneta em órbita de duas estrelas jamais observado. O Kepler-1647b, a uma distância de 3.700 anos-luz da Terra na constelação do Cisne, contém luas potencialmente habitáveis. A sua órbita é superior a três anos.
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Foi descoberto o maior exoplaneta (planeta fora do sistema solar da Terra) em órbita de duas estrelas jamais observado. O Kepler-1647b, a uma distância de 3.700 anos-luz da Terra na constelação do Cisne, contém luas potencialmente habitáveis. A sua órbita é superior a três anos.

O anúncio foi feito na conferência da American Astronomical Society, que se realizou na semana passada em San Diego, na Califórnia. O exoplaneta circumbinário (que orbita em torno de duas estrelas) apresenta algumas semelhanças com Júpiter, sobretudo pelas dimensões próximas e por também se tratar de um planeta gasoso.

Por ser gasoso, o exoplaneta pouco provavelmente desenvolveu condições para alojar vida, mas os cientistas estão mais otimistas em relação às luas que orbitam Kepler-1647b, que poderão conter água em estado líquido.

A sua órbita também é a maior que já foi observada num exoplaneta circumbinário. Os investigadores afirmam que são necessários 1.107 dias (pouco mais de três anos terrestres) para o planeta completar uma órbita.

Ambas as estrelas em que orbita, a uma distância mais próxima do que é habitual em planetas circumbinários, são semelhantes ao Sol (uma é ligeiramente maior; outra é ligeiramente menor).

O Kepler-1647b foi o 11.º exoplaneta circumbinário a ser descoberto desde 2005. O planeta foi observado pela primeira vez em 2011 por Laurance Doyle, do SETI Institute e também um dos coautores do estudo, que será publicado no Astrophysical Journal.

Os investigadores estimam que o Kepler-1647b tenha 4,4 mil milhões de anos como a Terra e adiantam que fica a 3.700 anos-luz de distância (cada ano luz representa 9,4 biliões de quilómetros) do nosso planeta.

Cientistas previam encontrar esta população de exoplanetas

Os investigadores detetam exoplanetas quando estes passam à frente da sua estrela, o que provoca uma diminuição temporária da luminosidade. Esta técnica, conhecida por técnica do trânsito astronómico, permite aos investigadores deduzirem a massa do planeta, bem como a distância a que se encontra da sua estrela. 

Atualmente, há mais de 2 mil exoplanetas identificadas, "mas encontrar exoplanetas circumbinários é muito mais difícil", explica William Welsh, aastrónomo na Universidade Estadual de San Diego (SDSU) e um dos autores da descoberta. "A passagem do planeta à frente dos dois astros não é regularmente espaçada e pode também variar na duração".

Depois da suspeita de identificação de um planeta os astrónomos usam programas informáticos para perceber se se trata, ou não, de um planeta.  O processo é longo e árduo.

"Condições de habitabilidade à parte, o Kepler-1647b é importante porque representa a ponta do iceberg", continua Weish, "de uma população teoricamente prevista de grandes planetas circumbinários, [com órbitas] de longa duração".

Notícia sugerida por Elsa Martins

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