Ciência

Cientistas portugueses distinguidos com prémio europeu

Dois jovens cientistas portugueses foram distinguidos com o Prémio de Instalação do European Molecular Biology Organization (EMBO). Os mesmos vão agora receber uma bolsa no valor de 50.000 euros anuais, por um período máximo de cinco anos.
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Dois jovens cientistas portugueses foram distinguidos com o Prémio de Instalação do European Molecular Biology Organization (EMBO). Os mesmos vão agora receber uma bolsa no valor de 50.000 euros anuais, por um período máximo de cinco anos, avança a agência Lusa. 
 
O galardão foi atribuído a Raquel Oliveira, do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), e a Edgar Gomes, do Instituto de Medicina Molecular (IMM), e vai permitir aos jovens investigadores entrar “na prestigiada rede dos melhores investigadores europeus”. Para já, os dois vão receber uma bolsa anual de 50.000 euros durante três anos, com possibilidade de renovação por mais dois. 
 
Raquel Oliveira distinguiu-se pelo trabalho realizados sobre a influência da morfologia dos cromossomas na divisão das células, que dá a entender como surgem os defeitos e anomalias que originam problemas como o cancro, doenças genéticas e infertilidade. 


“Normalmente assume-se que os cromossomas têm um papel passivo durante a divisão celular. O que este projeto vem fazer é desafiar essa visão passiva dos cromossomas e investigar como a sua morfologia forma uma parte integrada da divisão e dos mecanismos envolvidos no processo”, explica a investigadora que, agora, tem oportunidade de continuar os estudos na área. 
 
A mesma acredita que o seu projeto “tem o potencial de redefinir o papel dos cromossomas no processo da sua própria separação e o seu contributo para a divisão nuclear”, sublinhando a importância das oportunidades de trabalho em rede que o prémio oferece, ao incluir os vencedores na rede de excelência de Jovens Investigadores Europeus.


Por seu lado, Edgar Gomes conquistou o prémio com um projeto de estudo das ligações entre os núcleos e o citoesqueleto das células. “O maior compartimento celular é o núcleo e dentro dele está armazenado o nosso material genético”, introduz.

“Este componente celular está diretamente ligado ao esqueleto da célula (citoesqueleto) e essa ligação é importante para o posicionamento do núcleo. Os problemas existentes nas ligações entre o núcleo e o citoesqueleto são a causa de múltiplas doenças”, expõe o cientista que considera o reconhecimento da EMBO “uma grande honra”.
 

Esta é a quarta vez que a EMBO distingue cientistas do Instituto Gulbenkian de Ciência e o quinto prémio atribuído a investigadores do Instituto de Medicina Molecular. Para além de Portugal, este ano foram atribuídos prémios em três outros países europeus: Polónia, República Checa e Turquia.

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