Saúde

Cérebro: Portugueses avançam no tratamento de tumores

Uma equipa de investigadores portugueses acaba de anunciar o desenvolvimento de uma nova nanopartícula capaz de entregar moléculas terapêuticas a tumores cerebrais malignos.
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Uma equipa de investigadores portugueses do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC) acaba de anunciar o desenvolvimento de uma nova nanopartícula capaz de entregar moléculas terapêuticas a tumores cerebrais malignos e que poderá aumentar a eficácia da quimioterapia.
 
A nanopartícula foi criada no âmbito de uma investigação, liderada pela cientista Conceição Pedroso de Lima, do CNC, e realizada ao longo dos últimos quatro anos, que visou o desenvolvimento de uma nova terapia para o glioblastoma, uma forma altamente maligna de tumor cerebral que reduz a vida dos doentes para 12 a 15 meses após o diagnóstico.
 
Em comunicado enviado ao Boas Notícias, Pedro Costa, primeiro autor do estudo, explica que a equipa conseguiu demonstrar que estas nanopartículas “entregam de forma eficiente às células tumorais pequenas moléculas terapêuticas (ácidos nucleicos que são macromoléculas localizadas no núcleo das células)”.
 
Trata-se, explica o investigador cujo trabalho acaba de ser publicado na revista científica Journal of Controlled Release, de nanopartículas “compostas por moléculas de gordura (lípido) às quais se junta uma proteína que reconhece especificamente células cancerígenas”.
 
“A entrega destas moléculas terapêuticas após administração intravenosa em ratinhos com glioblastoma, combinada com quimioterapia, resultou em significativa morte das células malignas e redução do tumor cerebral”, congratula-se Pedro Costa (à direita).

Nanopartícula aumenta eficácia da quimioterapia
 
Segundo Conceição Pedroso de Lima, líder da investigação, as conclusões do estudo evidenciam que “uma das limitações no tratamento dos tumores cerebrais, que está relacionada com a dificuldade em entregar moléculas terapêuticas aos tumores, pode ser ultrapassada através da utilização de 'veículos de transporte' direcionados especificamente para os mesmos”.
 
A criação desta nanopartícula é, portanto, “um passo importante”, ainda que “inicial”, no desenvolvimento “de uma abordagem terapêutica que se espera poder chegar a ensaios clínicos”, afirma a cientista da UC.
 
De acordo com a investigadora, a “utilização das nanopartículas desenvolvidas” poderá, também, “contribuir para aumentar a eficácia da quimioterapia e reduzir os efeitos secundários associados” que, por norma, afetam os órgãos saudáveis durante o combate ao cancro.

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