Saúde

Câmara digital deteta cancro em tempo real

Engenheiros biomédicos da Universidade do Texas e da Universidade de Rice, nos EUA, anunciaram esta semana que conseguem distinguir células saudáveis das cancerígenas com recurso a uma câmara digital Olympus E-330 adaptada. A câmara revela assim pote
Versão para impressão
[Imagens: © D. SHIN/RICE UNIVERSITY]

Engenheiros biomédicos da Universidade do Texas e da Universidade de Rice, nos EUA, anunciaram esta semana que conseguem distinguir células saudáveis das cancerígenas com recurso a uma câmara digital Olympus E-330 adaptada. A câmara revela assim potencial para ser uma plataforma preciosa para fazer diagnósticos a baixo custo, já que a câmara não custa mais de 400 dólares.
 
“Graças à portabilidade e preço baixo pode representar uma ajuda para minimizar os custos na saúde em países desenvolvidos e providenciar esta valência em países pobres onde simplesmente não existe este tipo de recursos”, explica Rebecca Richards-Kortum, líder na investigação da Universidade de Rice.

A equipa consegue com este aparelho recolher imagens de células usando pequenos cabos de fibra ótica ligados à câmara E-330. Depois aplicam um corante que faz com que o núcleo das células brilhe quando lhes é apontada os cabos da fibra óptica.

Foram usadas três amostras de tecido: amostras de células cancerígenas criadas em laboratório; amostras de tecido tumoral extraído recentemente e tecido saudável visto diretamente na boca dos doentes.
Image and video hosting by TinyPic
O núcleo das células pré-cancerosas e cancerosas são visivelmente distorcidos que as células saudáveis e são identificáveis facilmente no ecrã LCD da câmara digital, conforme explicam os cientistas em comunicado.

 “Os corantes e técnicas visuais que usámos são as mesmas que os patologistas usam há anos para distinguir células saudáveis das cancerígenas nas biopsias aos tecidos”, conta outro dos co-autores do estudo, Mark Pierce, da Universidade de Rice.

“Mas a ponta dos cabos [de fibra optica] que nos dão a imagem são pequenos e podem ser colocados contra a bochecha, de modo a que o procedimento é considerado menos doloroso que uma biopsia e os resultados estão disponíveis em segundos, em vez de dias”.

O aparelho pode ser assim utilizado por profissionais que não sejam patologistas para obter uma resposta mais rápida na distinção de células saudáveis das não saudáveis. Pode também ser usado em consultas de rotina para monitorizar a evolução do tumor e ajudar os oncologistas a compreender a resposta dos pacientes ao tratamento.

Os cientistas admitem que pode demorar algum tempo ate que se façam mais testes e venham as aprovações para disponibilizar a tecnologia em questão no mercado.

[Notícia sugerida pelo utilizador José Freire]

Comentários

comentários

PUB

Live Facebook

Correio do Leitor

Mais recentes

Passatempos

Subscreva a nossa Newsletter!

Receba notícias atualizadas no seu email!
* obrigatório

Pub

Este site utiliza cookies. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização. Saiba mais aqui.

The cookie settings on this website are set to "allow cookies" to give you the best browsing experience possible. If you continue to use this website without changing your cookie settings or you click "Accept" below then you are consenting to this.

Close