Ciência

Cães têm uma “inteligência social” mais apurada

O investigador norte-americano Brian Hare concluiu que os cães têm uma "inteligência social" mais apurada do que outros animais, como chimpanzés ou lobos.
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O investigador norte-americano Brian Hare concluiu que os cães têm uma “inteligência social” mais apurada do que outros animais, como chimpanzés ou lobos. Esta característica, observada num estudo de 18 anos, permite que os cães compreendam o que os seres humanos lhes comunicam, uma situação que influencia o seu comportamento.

O que começou por ser apenas uma curiosidade acabou por se transformar num estudo científico para analisar o nível de compreensão desta espécie animal. O estudo de Brian Hare revela que, ao longo do seu período de evolução, o cão tem conseguido desenvolver cada vez mais capacidades para captar a “informação social”.

Em 1995, enquanto frequentava a licenciatura de Psicologia Animal, Brian Hare quis saber o que o seu cão Oreo estava a pensar. A influência do professor e investigador Michael Tomasello, que naquela altura estudava as diferenças entre a inteligência social dos humanos e de outros animais, foi determinante para o seguimento do estudo.

Oreo foi o primeiro voluntário do seu estudo, numa técnica que consistia em apanhar a bola de ténis. Brian Hare apontava para a esquerda ou para a direita, conforme a localização da bola, e o cão agia conforme os comportamentos do seu dono, seguindo a direção que lhe era indicada.

Cão e homem comunicam de forma única

Com o evoluir do estudo, Brian Hare comparou as diferenças entre a evolução do cão e a do lobo, seu antepassado. Apesar da capacidade cognitiva do lobo ser superior à do cão, o melhor amigo do homem consegue superar as expectativas no que toca ao entendimento dos humanos, até mesmo no caso dos “filhotes com poucas semanas de vida”.

“Conseguimos compreender que nem os lobos criados por humanos revelam estas mesmas capacidades. Esta descoberta sugere que, no processo de domesticação, os cães foram selecionados devido a um conjunto de habilidades cognitivas sociais que lhes permitem comunicar com os humanos de forma única”, explica Brian Hare, na apresentação do estudo, publicado na revista Science.

O investigador norte-americano contou ao jornal norte-americano The New York Times que espera continuar a aprofundar as suas teorias e fazer novas descobertas no campo da cognição canina. Para isso, Brian Hare co-desenvolveu, em 2013, a empresa Dognition, dedicada a realizar estudos e testes nesta área.

Testes 'cãognitivos' online

Um dos projetos já criados pelo cientista para a Dognition é um pacote de testes online que permitem aos donos de cães avaliar e desenvolver a capacidade de perceção social dos seus animais.

Ao usar estes testes, as pessoas podem conhecer melhor as habilidades dos seus cães ao mesmo tempo que estão a contribuir para que o estudo de Brian Hare se torne mais sustentado com as informações que vão registando no site.

Os testes podem ser acedidos a partir do site oficial da Dognition e têm várias modalidades de pagamento, sendo que o serviço básico tem um custo de 30 euros. Os donos podem criar um perfil na Internet sobre o seu animal e aprender algumas das técnicas que ajudam o cão a melhor compreender o que o ser humano lhe pretende comunicar.

Clique AQUI para visitar o site oficial de Brian Hare.

Notícia sugerida por Patrícia Guedes

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