Ciência

Bactérias marinhas “comem” petróleo

Cientistas americanos descobriram um novo potencial num grupo de bactérias marinhas que ainda estava pouco estudados. Estes microorganismos são capazes de digerir petróleo e podem ser vitais na limpeza do vazamento provocado pelo afundamento de uma p
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Cientistas americanos descobriram um novo grupo de bactérias marinhas que são capazes de digerir petróleo e podem ser vitais na limpeza do vazamento provocado pelo afundamento de uma plataforma da BP no Golfo do México, publicou nesta terça-feira a revista “Science“.

Um grupo de cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley (Berkeley Lab) analisou a atividade marinha numa coluna de petróleo formada a mais de mil metros de profundidade, a 16 quilômetros do centro do poço.

O grupo dirigido por Terry Hazen, do departamento de Ciências da Universidade de Berkeley e investigador do Instituto de Biociências, descobriu que a atividade microbiana, liderada por uma nova espécie ainda não classificada, está a degradar o petróleo mais rápido do que o previsto.

Segundo os especialistas, essa degradação está a acontecer nas regiões onde não há um nível significativo de oxigénio, o que fez com que esta bactéria da família das proteobactérias gama não tivesse sido muito estudada até agora.

“Os nossos resultados mostram que o fluxo de petróleo alterou profundamente a comunidade microbiana através de um significativo aumento das proteobacterias psicrófilas das águas profundas”, explicou Hazen. Os microorganismo psicrófilos são aqueles capazes de viver a temperaturas inferiores a 5°C.

“Este enriquecimento de microorganismos degradadores de petróleo psicrófilos, com sua rápida taxa de biodegradação do petróleo parece ser um dos principais mecanismos por trás da rápida diminuição da coluna de hidrocarbonetos que foi detectada dispersa nas águas profundas”, acrescentou.

Estes resultados, segundo Hazen, “demonstram que as populações microbianas de psicrófilos degradantes de petróleo e as comunidades microbianas associadas têm um papel significativo no controle final e nas consequências das concentrações de petróleo nas águas profundas do Golfo do México”.

Hazen e a sua equipa começaram estas pesquisas a 25 de maio, um mês depois do acidente com a plataforma da BP.

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